DIA A DIA

Bovespa sobe 2% com melhora no humor global por Itália e Grécia
11/11/2011 - Mariana Sallowickz - Folha Online com Reuters

Os mercados financeiros encerraram a sexta-feira em alta, com uma moderação do pessimismo visto durante os últimos dias. Houve o encaminhamento da situação na Itália e Grécia, países que estão no foco da crise na zona do euro.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) seguiu os mercados mundiais na tendência de valorização. O índice de ações Ibovespa subiu 2,14% no fechamento, atingindo os 58.546 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,95 bilhões. Na semana, porém, encerrou em queda de 0,21%.

No exterior, as Bolsas europeias registraram alta de 1,84% (Londres), 2,75% (Paris) e 3,22% (Frankfurt).


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E nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 2,04%.

O dólar comercial (referência para as operações de comércio exterior) foi negociado por R$ 1,744, em um declínio de 0,96% sobre o fechamento de ontem. Na semana, no entanto, fechou em alta de 0,11%.

"Ocorreu uma recuperação da performance ruim de ontem [queda de 0,40%]. Além disso, o resultado do IPCA [inflação oficial] de hoje foi melhor do que estava sendo esperado, o que trouxe ânimo", segundo a equipe de analistas da Lerosa Investimentos.

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) variou 0,43%, ante alta de 0,53%, em setembro. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 6,97%, acima do teto da meta do governo, de 6,5%. De janeiro a outubro, o indicador acumula alta de 5,43%.

As notícias internacionais também influenciaram o resultado de hoje. Na Grécia, houve a nomeação do novo primeiro-ministro, Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu. Ele traz a esperança de que seu governo poderá colocar a economia de volta nos trilhos e acalmar o tumulto político que ameaçou tirar a Grécia da zona do euro.

O ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, afirmou que a maior prioridade do novo gabinete é garantir o recebimento da próxima parcela da ajuda internacional.

Na Itália, foco atual da crise da dívida na zona do euro, o Senado aprovou as mudanças na lei de estabilidade financeira, abrindo caminho para uma votação semelhante na Câmara Baixa do Parlamento.

Após a aprovação da lei, que contém medidas exigidas por outros países europeus em nome do equilíbrio financeiro da zona do euro, o premiê Silvio Berlusconi deve renunciar para a formação de um governo de transição.

Além disso, o rendimento dos títulos de dez anos da dívida soberana italiana recuaram para 6,4%, abaixo do nível de 7% visto por muitos como insustentável.

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