Itália derruba Bovespa, que fecha em baixa de 1,47% 14/12/2011
- Reuters e Valor
A Bovespa fechou o pregão desta quarta-feira em baixa, influenciada pelas preocupações renovadas com a Itália, após um leilão de bônus a juros altos que acabou com o alívio causado por um leilão bem sucedido na Espanha na véspera.
O Ibovespa caiu 1,47%, a 56.646 pontos. O giro financeiro foi de R$ 23 bilhões, perto do recorde histórico de R$ 24,3 bilhões de 17 de agosto, impactado pelo vencimento de contratos de opções de índice.
A Itália pagou juro recorde de 6,47% para vender títulos de cinco anos nesta quarta-feira, em seu primeiro leilão de prazo mais longo desde o acordo de integração fiscal fechado pela União Europeia (UE) na semana passada.
PUBLICIDADE
Para Bruno Lembi, sócio da M2 Investimentos, além do leilão na Itália, as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, contribuíram para a queda do Ibovespa.
"O leilão na Itália, a declaração da Merkel se opondo aos eurobonus e o investidor batendo na tecla de que acordo não é suficiente influenciaram", afirmou.
Essas preocupações pressionaram também nos mercados de commodities, apertando mais ainda algumas das principais ações da bolsa brasileira.
A preferencial da Petrobras recuou 2,68%, a R$ 21,82, com a queda no contrato futuro de petróleo negociado em Nova York. OGX também seguiu esse comportamento e recuou 3,73%, a R$ 13,69.
A preferencial da Vale, por sua vez, teve queda de 1,45%, a R$ 38. Os preços do minério de ferro caíram para o nível mais baixo em duas semanas, com ofertas na China, o maior mercado para o produto.
A maior queda, porém, foi registrada pela Vanguarda (antiga Brasil Ecodiesel), com recuo de 6,67%, a R$ 0,42. O tem registrado fortes quedas nos últimos pregões, levantando indagações no mercado, mas o terceiro maior acionista da companhia, Hélio Seibel, disse desconhecer o que está se passando.
Na outra ponta, Hypermarcas teve a maior alta, de 3,83%. TAM também registrou alta, de 1,45%, após o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovar a fusão da empresa com a Lan, com restrições.
DÓLAR
O dólar comercial completou o terceiro pregão seguido de alta, captando a instabilidade externa que reduz o apetite por risco.
Dados preliminares apontam que o dólar comercial fechou com alta de 1,24%, a R$ 1,874 na venda. Na terça-feira, a moeda ganhou 0,32% a R$ 1,851.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o dólar para janeiro mostrava valorização de 0,56%, a R$ 1,8845.
O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subia 0,33%, a 80,51 pontos. Enquanto o euro recuava 0,44%, a US$ 1,297, menor cotação desde janeiro.