Ibovespa sobe 0,63% no início do pregão e se aproxima de 58 mil pontos 23/12/2011
- Beatriz Cutai e Karin Sato - Valor Econômico
À espera de nova bateria de indicadores americanos, investidores começam os negócios desta sexta-feira com maior atuação na ponta compradora do mercado acionário brasileiro.
Próximo das 11h15, o Ibovespa subia 0,63%, para 57.707 pontos. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o índice futuro com vencimento em fevereiro de 2012 avançava 0,29%, aos 58.370 pontos.
Entre os ativos de maior peso, Petrobras PN subia 0,81%, a R$ 22,33; Vale PN avançava 0,64%, a R$ 38,95; OGX Petróleo ON ganhava 0,51%, a R$ 13,74; Itaú Unibanco PN tinha valorização de 1,07%, a R$ 34,77; e BM&FBovespa ON se apreciava em 0,39%, a R$ 10,16.
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Em Wall Street, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 subiam 0,47% e 0,56%, respectivamente, antes da abertura dos negócios.
Ontem, o Ibovespa já havia avançado 1,23%, aos 57.347 pontos. No mês, o índice acumula leve ganho de 0,8%, mas no ano recua 17,3%.
Depois da surpresa positiva com números de confiança, emprego e atividade dos Estados Unidos ontem, as atenções do mercado recaem hoje sobre indicadores de renda e gasto do consumidor, encomendas por bens duráveis e venda de imóveis novos.
Ainda por lá, está em pauta reportagem do Wall Street Journal que revelou que o banco central americano (Federal Reserve) pode indicar a manutenção da taxa básica de juro perto de zero em 2014 e até além desse período, com vista a impulsionar a fraca retomada da economia.
Na Europa, o mercado tem uma agenda fraca no fechamento da semana. Destaque apenas para o índice de confiança do consumidor da Itália, que despencou de 96,1 em novembro para 91,6 em dezembro, o menor nível desde janeiro de 1996. O dado ficou aquém da previsão de analistas.
Por fim, na cena brasileira, investidores reagem às medidas do Banco Central para induzir grandes bancos a melhorar a liquidez das instituições financeiras menores, via aquisição de carteiras de crédito, depósitos interfinanceiros e, partir de agora, também por meio da compra de letras financeiras.
Dólar segue sinal externo e registra leve queda
O dólar sofre leve recuo ante o real nesta sexta-feira, em novo pregão de liquidez reduzida às vésperas das festas de fim de ano. A exemplo do que ocorreu nos últimos dias, os negócios continuam a seguir de perto o sinal externo.
Às 9h35, o dólar comercial tinha queda de 0,10%, cotado a R$ 1,849 na compra e a R$ 1,851 na venda. No mercado futuro, o contrato de janeiro negociado na BM&FBovespa recuava 0,37%, a R$ 1,852.
O mercado analisa também as medidas anunciadas ontem pelo Banco Central do Brasil que visam a manter a liquidez no sistema bancário – incluindo as instituições financeiras de menor porte – e estimular o crédito.
Na agenda de indicadores, hoje será divulgada nova bateria de dados econômicos nos Estados Unidos, como as encomendas de bens duráveis no terceiro trimestre e os gastos pessoais dos consumidores em novembro.
No mercado externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da moeda americana em relação a seis divisas, declinava 0,09%, aos 79,85 pontos. O euro avançava 0,14%, a US$ 1,306.