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DIA A DIA

Ibovespa termina em alta, em linha com mercado americano
27/12/2011 - Felipe Pacheco e Fernando Travaglini - Valor

Em dia focado no noticiário americano, o Ibovespa acompanhou o ritmo de valorização visto nos mercados externos e terminou em alta nesta terça-feira, ainda que o giro financeiro na bolsa brasileira tenha sido modesto.

Dados preliminares mostram que o Ibovespa fechou em alta de 0,57%, aos 58.005 pontos. Os contratos futuros do indicador com vencimento em fevereiro, os mais líquidos negociados no mercado futuro, apontaram valorização de 0,31%, aos 58.640 pontos.

O giro financeiro na bolsa foi de R$ 3,265 bilhões, ainda bastante abaixo de dias comuns de negócios, porém maior que aquele do pregão de ontem, o mais baixo do ano, quando os mercados europeus e americanos não operaram.


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Entre as chamadas "blue chips", ações que têm mais peso na composição do Ibovespa, todas se valorizaram. Vale PNA ganhou 0,31%, a R$ 38,82; Petrobras PN subiu 0,13%, a R$ 22,20; OGX ON subiu 1,59%, a R$ 14; e Itaú Unibanco avançou 0,29%, a R$ 34,31.

"Foi um dia de mercado parado, ainda que tenha tido um giro muito mais alto que o de ontem", disse João Pedro Brugger, analista de investimentos da Leme Investimentos.

Para ele, a bolsa deve continuar a "andar de lado", jargão usado por agentes de mercado para designar pregões praticamente estáveis, nos próximos dias. A BM&FBovespa opera somente até quinta-feira nesta semana.

Os investidores no Brasil e no exterior voltaram suas atenções a dados que deram uma dimensão sobre o ritmo da atividade economica nos Estados Unidos.

O mais importante deles, e que teve mais impacto sobre o desempenho dos principais indicadores em Wall Street e por aqui foi o índice de confiança do consumidor, que veio melhor que o esperado e se soma ao desempenho já positivo obtido em novembro.

Ainda em terras americanas, as unidades locais do Fed (o banco central do país) em Richmond, Chicago e Dallas mostraram que a produção manufatureira no Meio-Oeste e no Texas tiveram leitura negativa, enquanto na costa leste central do país ela foi positiva.

Na Itália, o Tesouro local leilou títulos soberanos de dez anos com rendimentos que ultraparam 7%, marca vista por analistas como insustentável para a manutenção da dívida.

Mas investidores devem ficar de olho nos próximos leilões que o país realizará ao longo da semana, que podem somar até 20 bilhões de euros em dívida. Amanhã devem ser negociados até 8 bilhões de euros em títulos de três, sete e dez anos.

No resto do continente, os índices terminaram em direções opostas. O CAC-40 de Paris terminou praticamente estável, com alta de 0,03%, a 3.103 pontos, enquanto o DAX avançou 0,18%, a 5.890 pontos.

Em Milão e Madri, os índices principais terminaram em baixas respectivas de 0,99% e 0,15%, aos 14.924 pontos e 8.530 pontos. O mercado acionário de Londres não funcionou devido a feriado local.

Dólar fecha com leve alta, a R$ 1,86

O dólar comercial fechou o pregão de hoje em leve alta, de 0,05%, cotado a R$ 1,860 na venda e R$ 1,858 na compra.

Ao longo do dia, a oscilação foi pequena, fruto da baixa liquidez. A máxima do dia foi de R$ 1,863 enquanto a mínima chegou a R$ 1,855.

A nova taxa referencial de câmbio da BM&FBovespa, chamada de Taxa de Câmbio de Referência (TCR), fechou o dia cotada a R$ 1,8586.

A TCR, que tem como base de cálculo os negócios e ofertas de dólar no mercado à vista, passou a ser divulgada no dia 19 deste mês. A média diária, divulgada às 16h, é baseada em seis taxas coletadas ao longo do dia.

A Ptax, do Banco Central, taxa que serve de referência para a liquidação de diversos contratos cambiais, encerrou a terça-feira a R$ 1,8585, alta de 0,10% sobre a cotação de ontem.

No mercado internacional, o Dollar Index, medida da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas, opera em baixa. Por volta das 17h, a cotação estava em 79,79 pontos, queda de 0,26%.

Os investidores estrangeiros estavam atentos aos dados da economia americana, divulgados hoje. O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos voltou a subir em dezembro, o que marca o segundo mês consecutivo de avanço, e animou os mercados.

Já a medição feita pelas unidades regionais do Fed, o banco central do país, indica que a produção industrial caiu no Texas e no Meio-Oeste, enquanto teve leve melhora na região central da costa leste.

  

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