Com volume e agenda fraca, Ibovespa começa negócios em queda 28/12/2011
- Filipe Pacheco - Valor
Os negócios do penúltimo pregão do ano na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) começaram com poucos negócios e com o Ibovespa em leve desvalorização, no sentido oposto das bolsas internacionais, em dia sem fortes indicadores tanto na cena local quanto lá fora.
Por volta das 11h30, o Ibovespa marcava desvalorização de 0,42%, a 57.759 pontos. Os contratos futuros do índice com vencimento em fevereiro, os mais líquidos, apontavam queda de 0,17%, a 58.455 pontos.
O giro financeiro na bolsa como um todo continua baixo, o que é típico nas últimas semanas do ano. Pouco após a abertura dos negócios, foi movimentado cerca de R$ 200 milhões, sendo que este valor deve subir moderadamente assim que abrirem as bolsas de Wall Street, às 12h30.
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Entre as chamadas ações "blue chip", Vale PNA cedia 0,33%, a R$ 38,69; Petrobras PN caía 0,13%, a R$ 22,16; OGX Petróleo se desvalorizava 0,14%, a R$ 13,98; e Itaú Unibanco PN perdia 1,04%, a R$ 33,95.
Na ponta positiva do Ibovespa, destaca-se a ação B2W ON, subindo 0,55% a R$ 9,05, seguida de Cielo ON, com alta de 0,50% a R$ 47,99, e Fibria ON, com avanço de 0,41% e cotada a R$ 14,50.
E os estrangeiros tiraram dinheiro da bolsa brasileira no acumulado do mês até o dia 26. O saldo do investimento estrangeiro foi negativo em cerca de R$ 2,5 bilhões.
Nos Estados Unidos, os índices futuros de Wall Street apontavam abertura do mercado em leve alta, também em meio a baixo volume de negócios e sem notícias fortes oriundas do meio corporativo.
Na Europa, os principais índices sustentavam altas modestas, com exceção do DAX de Frankfurt, que perdia 0,03%. O FTSE de Londres avançava 0,56%, em seu primeiro dia de operação na semana, enquanto o CAC-40 de Paris ganhava 0,38%, o FTSE MIB de Milão se valorizava 0,60% e o IBEX 35 de Madri subia 0,10%.
O otimismo europeu era em parte explicado pela boa recepção do mercado ao leilão de títulos soberanos realizado pelo Tesourdo da Itália. Com forte procura por parte dos investidores, o governo acabou pagando juro bem mais baixo do que há um mês para vender títulos com vencimento em seis meses e dois anos. Está programada para amanhã uma nova oferta de bônus soberanos italianos com vencimentos entre 2014 e 2022.
No Japão, o núcleo da inflação ao consumidor - que exclui o preço dos alimentos - ficou negativo em novembro pelo segundo mês seguido, o que mostra que o país continua preso em uma tendência deflacionária de longa data, segundo relatório oficial.
O principal medidor da bolsa de Tóquio, o Nikkei 225, terminou em ligeira queda de 0,20%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong cedeu 0,59% e o Shaghai Composite, de Xangai, avançou 0,17%.
Dólar opera próximo da estabilidade, cotado a R$ 1,861
Em semana de pouca movimentação no mercado de câmbio, o dólar abriu o pregão desta quarta-feira praticamente estável, assim como nos outros dias da última semana do ano.
Por volta das 10h20, o dólar comercial operava em ligeira alta de 0,05%, cotado a R$ 1,859 na compra e R$ 1,861 na venda. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os contratos futuros da moeda com vencimento em fevereiro mostravam queda de 0,05%, a R$ 1,861.
O dólar terminou o pregão de ontem em leve alta de 0,05%, cotado a R$ 1,860 na venda e R$ 1,858 na compra.
Na Europa os negócios também eram escassos e o euro operava com leve alta de 0,02% frente ao dólar, cotado a US$ 1,307.
A moeda não mostrou variação forte nem mesmo depois do leilão de títulos soberanos feito pelo governo italiano, que pagou juro bem mais baixo do que há um mês para vender papéis do Tesouro com vencimento em seis meses e dois anos.
O Dollar Index, que mede o desemprnho da divisa americana ante seis outras moedas, tinha desvalorização de 0,10%, a 79,76 pontos.