DIA A DIA

Ibovespa fecha pregão com queda de 1,38%, aos 58.546 pontos
05/01/2012 - Beatriz Cutait e Eduardo Campos - Valor

A bolsa brasileira interrompeu hoje uma sequência de quatro altas seguidas, quando havia acumulado ganho de 5%. A queda de ações de bancos e das “blue chips” atreladas a commodities exerceram grande peso sobre o desempenho do Ibovespa.

Dados preliminares mostram que, após mínima de 57.962 pontos e máxima de 59.353 pontos, o índice fechou com desvalorização de 1,38%, aos 58.546 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 5,622 bilhões.

Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caiu hoje 2,52%, a R$ 39,76; Petrobras PN perdeu 1,15%, a R$ 22,31; OGX Petróleo ON recuou 2,36%, a R$ 13,60; Itaú Unibanco PN teve desvalorização de 0,74%, a R$ 34,66; e Bradesco PN se depreciou em 0,63%, a R$ 31,21.


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No mercado americano, as bolsas têm um pregão instável. Minutos atrás, enquanto o índice Dow Jones caía 0,12%, o Nasdaq subia 0,74% e o S&P 500 avançava 0,25%.

O mercado de câmbio foi pautado pelos compradores tanto no mercado local quanto no externo conforme a preocupação com o futuro da zona do euro voltou a falar mais alto.

A França fez uma captação de quase 8 bilhões de euros, mas pagou juros maiores. O dia também teve forte queda nas ações do setor financeiro europeu, conforme se questionou a capacidade das instituições de levantar capital.

Por aqui, o dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,76%, a R$ 1,841, mas chegou a fazer máxima a R$ 1,850.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto teve valorização de 0,59%, a R$ 1,838. O giro do dia foi de US$ 46,25 milhões.

Também na BM&F, o dólar com entrega para fevereiro mostrava alta de 0,43%, a R$ 1,852, antes do ajuste final de posições.

O ajuste de preço é mais acentuado no mercado à vista, pois a cotação estava descolada do preço futuro, que no fim do pregão de ontem reverteu perdas e fechou com leve alta.

Mesmo alinhado com o pessimismo externo, o real está entre as moedas que menos perde para o dólar no mundo. Já o euro fica entre as moedas que mais perdem para o dólar entre pares desenvolvidos e emergentes. A moeda comum recuava 1,18%, a US$ 1,279, menor preço desde setembro de 2010.

Na avaliação do superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca, o mercado local tem sido beneficiado por fluxo de entrada nesses primeiros dias do ano.

Para o especialista, qualquer melhora no intrincado quadro europeu vai resultar em firme entrada de recursos no Brasil. De acordo com Siaca, as captações do Tesouro Nacional, de US$ 825 milhões, e da mineradora Vale, de US$ 1 bilhão, são uma boa indicação disso.

Outro ponto levantado pelo superintendente é a taxa de juros brasileira, que não deverá cair tanto quanto o previsto anteriormente, o que vem a ser mais um atrativo ao capital internacional.

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