Ibovespa fecha pregão com queda de apenas 0,07%, aos 59.920 pontos 12/01/2012
- Batriz Cutait e Eduardo Campos - Valor
A bolsa brasileira teve mais um pregão de volatilidade, com os investidores de olho em notícias divergentes vindas do exterior e em meio à proximidade do vencimento de opções sobre ações no Brasil, na segunda-feira, feriado nos EUA.
O Ibovespa testou a linha dos 60 mil pontos pelo terceiro dia, mas novamente não teve forças para rompê-lo.
Após quatro pregões positivos, o índice, que oscilou entre 59.586 e 60.503 pontos, fechou com leve queda de 0,07%, aos 59.920 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 6,117 bilhões.
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Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caiu hoje 1,13%, a R$ 39,36; Petrobras PN ganhou 0,74%, a R$ 23,08; OGX Petróleo ON avançou 0,21%, a R$ 14,26; Itaú Unibanco PN teve valorização de 0,22%, a R$ 35,73; e Bradesco PN se apreciou em 0,03%, a R$ 31,78.
No mercado americano, em uma jornada também instável, as bolsas caminham para um fechamento positivo. Minutos atrás, o índice Dow Jones subia 0,16%, enquanto o Nasdaq avançava 0,42% e o S&P 500 tinha alta de 0,20%.
Dólar fecha a R$ 1,785, menor preço em dois meses
Da abertura ao fechamento, o mercado de câmbio foi pautado pelos vendedores e o dólar perdeu a linha de R$ 1,80 que vinha sendo respeitada desde o começo de dezembro.
No fim do pregão, a moeda americana mostrava queda de 0,88%, a R$ 1,785 na venda, menor cotação desde 18 de novembro de 2011, quando a moeda fechou a R$ 1,783. Na mínima do dia, o dólar foi a R$ 1,776. Na semana, a divisa já acumula perda de 3,57%.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar com entrega para fevereiro mostrava baixa de 1,07%, a R$ 1,7935, antes do ajuste final de posições.
A venda de moeda no mercado local teve respaldo no câmbio externo, onde o euro tomou fôlego e outras moedas com as mesmas características do real também se valorizaram.
O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, apontava queda de 0,61%, a 80,76 pontos. Já o euro subia 0,95%, a US$ 1,282. Ontem, a moeda comum caiu a US$ 1,266, menor cotação desde setembro de 2010.
A demanda por euro estaria respaldada na falta de aceno de novas reduções de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE), que manteve a taxa básica da zona do euro em 1% no seu encontro de hoje.
Outro fato que deu força à moeda comum foram os leilões de dívida promovidos por Espanha e Itália. A demanda foi elevada e as taxas de juros caíram de forma acentuada.
De volta ao câmbio local, o gestor da Vetorial Asset, Sérgio Machado, nota que o quadro negativo pintado no fim do ano passado começa a ser desmanchado. As previsões de crescimento fraco no Brasil e piora aguda da cena externa estão sendo reavaliadas.
Outro ponto levantado pelo gestor é que passado o período de remessas que marcam todo o encerramento de ano, o dinheiro volta a fluir. E sinal disso são as captações externas, bem como os ingressos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).