Ibovespa inicia operações em leve queda, à espera de dados americanos 13/01/2012
- Beatriz Cutait e Filipe Pacheco - Valor
De olho na agenda americana, o mercado de ações brasileiro iniciou os negócios finais desta semana em leve baixa, na cola dos índices futuros de Wall Street.
Próximo das 11h20, o Ibovespa recuava 0,26%, para 59.762 pontos. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o índice futuro com vencimento em fevereiro de 2012 caía 0,35%, aos 60.165 pontos.
Entre os ativos de maior peso, Vale PNA recuava 0,63%, a R$ 39,11; Petrobras PN perdia 0,25%, a R$ 23,02; OGX Petróleo ON cedia 0,14%, a R$ 14,24; Itaú Unibanco PN tinha valorização de 0,13%, a R$ 35,78; e Bradesco PN se apreciava em 0,25%, a R$ 31,86.
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Na última sessão, o Ibovespa já teve queda modesta de 0,07%, aos 59.920 pontos, mas ainda defende alta semanal de 2,3%.
Nesta sexta-feira, investidores operam à espera dos indicadores econômicos americanos referentes à variação dos preços de importação em dezembro e ao comportamento da balança comercial em novembro, além de contarem com um dado preliminar sobre a confiança do consumidor em janeiro.
Além disso, na cena corporativa, o JPMorgan abriu a safra de balanços trimestrais do setor financeiro. O banco teve lucro líquido de US$ 3,728 bilhões (US$ 0,90 por ação) no quarto trimestre de 2011, queda de quase 23% em relação ao mesmo período de 2010. Já em 2011, o lucro foi recorde e somou US$ 18,976 bilhões (US$ 4,48 por ação), um crescimento de 9,2% sobre o ano anterior.
No front europeu, a Itália promoveu novo leilão de títulos da dívida. O Tesouro do país vendeu a oferta máxima de até 4,75 bilhões de euros em bônus de três prazos. Nos papéis com vencimento em julho e em novembro de 2014 pagou juros mais baixos do que em ofertas semelhantes anteriores, mas precisou oferecer rendimento mais alto na colocação dos títulos com vencimento em agosto de 2018.
Ontem, em seu primeiro leilão do ano, a Itália vendeu 12 bilhões de euros em bônus mais curtos.
Ainda no “velho continente”, os líderes da Alemanha, Suécia, Áustria e Portugal vão se encontrar hoje em um jantar informal para discutir preparações para o pacto fiscal europeu, segundo informou o porta-voz do governo alemão Steffen Seibert.
O encontro pretende preparar decisões para a integração de políticas econômicas e orçamentos que serão tomadas no encontro de líderes europeus do dia 30 de janeiro. O pacto fiscal, que amplia as regras de união monetária, deve estar pronto até o fim de março.
Por fim, a zona do euro apresentou surpreendente superávit comercial em novembro do ano passado, sustentado pelo aumento das exportações bem mais veloz que o das importações, na comparação com igual mês de 2010.
O bloco formado por 17 países teve um saldo comercial positivo de 6,9 bilhões de euros, segundo informou a Eurostat. Analistas previam déficit de 1 bilhão de euros.
As exportações subiram 10% na comparação anual, para 155,6 bilhões de euros, enquanto as importações cresceram muito menos, 4%, para 148,7 bilhões de euros.
No Brasil, a proximidade do vencimento de opções sobre ações na segunda-feira tende a acentuar a volatilidade na Bolsa. Vale lembrar que o mercado americano estará fechado nesse dia, por conta de feriado.
Dólar dá continuidade à queda e se aproxima de R$ 1,75
A última sessão da semana começa com a manutenção do ritmo de queda do dólar, que passa a operar já perto do patamar de R$ 1,75.
Por volta das 9h30, o dólar comercial tinha queda de 0,67%, cotado a R$ 1,771 na compra e R$ 1,773 na venda. Os contratos futuros com vencimento em fevereiro mostravam desvalorização de 0,30%, a R$ 1,781. Na quinta-feira, o dólar fechou em queda de 0,88%,a R$ 1,785.
A moeda americana tinha desempenho no Brasil descolado daquele visto em outras partes do mundo, onde registrava leve valorização.
O Dollar Index, que media o desempenho da moeda ante seis outras, tinha ligeira de valorização de 0,04%, para 80,86 pontos, enquanto o euro se desvalorizava 0,11%, cotado a US$ 1,279.