Ibovespa fecha pregão com queda de 1,29%, aos 59.146 pontos 13/01/2012
- Beatriz Cutait e Eduardo Campos - Valor
Com forte queda nesta sexta-feira, atrelada aos mercados internacionais, a bolsa brasileira reduziu significativamente os ganhos acumulados na semana. O Ibovespa não só se distanciou da linha dos 60 mil pontos, como se aproximou do nível dos 58 mil pontos.
Dados preliminares mostram que, com mínima de 58.874 pontos e máxima de 59.917 pontos, o índice teve desvalorização de 1,29%, aos 59.146 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 6,584 bilhões. Na semana, o Ibovespa ainda defendeu leve ganho de 0,9% e, no ano, sobe 4,2%.
Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caiu hoje 1,04%, a R$ 38,95; Petrobras PN perdeu 0,12%, a R$ 23,05; OGX Petróleo ON recuou 0,70%, a R$ 14,16; Itaú Unibanco PN teve desvalorização de 0,64%, a R$ 35,50; e Bradesco PN se depreciou em 1,79%, a R$ 31,21.
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No mercado americano, as bolsas também caminham para um fechamento negativo, embora com perdas menores. Minutos atrás, o índice Dow Jones caía 0,48%, enquanto o Nasdaq recuava 0,53% e o S&P 500 perdia 0,57%.
Dólar sobe, mas ainda fecha abaixo de R$ 1,80
O câmbio local não escapou da forte piora de humor externo que pautou o pregão de sexta-feira. Mas na semana, o real manteve posição de destaque como a moeda que mais ganha do dólar entre pares emergentes e desenvolvidos.
Nesta sexta-feira, o assunto nas mesas foi um só: a possibilidade de rebaixamento da nota soberana da França e de outras economias europeias pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P).
O boato virou fato há pouco, quando o ministro das Finanças da França, Francois Baroin, confirmou que o país teve sua nota reduzida pela S&P. A nota “AAA”, máxima da escala, caiu em um degrau para “AA+”.
Uma ação da S&P já era esperada pelos mercados, pois em dezembro a agência colocou 15 países da região em observação para possível rebaixamento. Vale lembrar que na terça-feira, dia 10, a agência Fitch indicou que não pretendia reduzir a nota da França, o que foi motivo para tomada de ativos de risco.
O dólar comercial chegou a operar em firme baixa nessa sexta-feira, sendo negociado a R$ 1,771 na mínima do dia. Mas assim que a notícia sobre a Europa surgiu, a moeda mudou o rumo e chegou a fazer máxima a R$ 1,809 (+1,34%).
No fim do pregão o dólar era negociado a R$ 1,790 na venda, ainda assim leve alta de 0,28%. Na semana, no entanto, a moeda americana caiu 3,30% e perde 4,23% no ano.
Ao longo da semana chamou atenção o elevado volume de negócios. A média diária está ao redor de US$ 3 bilhões. O que reforça a percepção de firme entrada de recursos externos no período. Segundo operadores, a captação da Vale teria sido liquidada na semana.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar com entrega para fevereiro mostrava alta de 0,28%, a R$ 1,7975, antes do ajuste final de posições.
No câmbio externo, o euro devolveu toda a alta de ontem e voltou a ser negociado na linha de US$ 1,26, se aproximando de mínimas não vistas desde setembro de 2010. Há pouco, a moeda comum recuava 1,07%, a US$ 1,267.
Ilustrando a demanda por dólar, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, ganhava 0,88%, a 81,53 pontos.