Ibovespa tem 5º dia de alta e já sobe 9,8% no ano 20/01/2012
- Roberta Vilas Boas - Reuters e Silvana Rocha - Agência Estado
A Bovespa teve a quinta alta seguida nesta sexta-feira, influenciada pelas ações de siderurgia, consideradas "baratas" por investidores.
O Ibovespa subiu 0,62 por cento, a 62.312 pontos. Na semana, a alta foi de 5,35 por cento. O giro financeiro desta sexta-feira foi de 5,44 bilhões de reais. No ano, o principal índice da bolsa paulista já acumula ganho de 9,8 por cento.
Em Nova York, o índice Dow Jones subia 0,55 por cento, às 18h31 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 tinha perda de 0,16 por cento.
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"O que puxou (o Ibovespa) foi siderurgia. Usiminas, Gerdau e CSN", afirmou o operador Luiz Roberto Monteiro, da Renascença DTVM.
A ação preferencial da Usiminas foi a líder de valorização do Ibovespa, com alta de 4,08 por cento, a 11,48 reais. Gerdau subiu 1,15 por cento, a 16,74 reais, e CSN avançou de 3,17 por cento, a 17,90 reais.
"O que se comentou é que há um fluxo de estrangeiros distribuindo as compras para esses papéis, que estão atrasados", disse o operador.
Na outra ponta, as ações de setores defensivos de telecomunicações e energia, que tiveram comportamentos positivos em 2011, registraram as maiores quedas.
Telefônica Brasil perdeu 2,09 por cento, a 51,11 reais. Eletropaulo caiu 0,78 por cento, a 35,62 reais.
Entre as blue chips, a preferencial da Vale caiu 0,15 por cento, a 40,99 reais, enquanto a da Petrobras teve leve alta de 0,04 por cento, a 24,22 reais.
A petrolífera informou nesta manhã que sua produção de petróleo atingiu média em 2011 de 2,02 milhões de barris por dia, ficando 3,7 por cento abaixo da meta anual de 2,1 milhões.
Dólar cai para R$ 1,75; na semana acumula perda de 1,90%
Após subir levemente ontem e oscilar ao redor da estabilidade durante a manhã de hoje, o dólar no mercado local retomou a queda com firmeza à tarde e fechou perto das mínimas e de volta ao patamar de R$ 1,75 - já testado esta semana e que levou o Ministério da Fazenda a alertar sobre possíveis novas medidas cambiais. Vale lembrar que na última vez em que o Banco Central fez leilão de compra de moeda à vista, em 13 de setembro, a cotação no balcão estava no nível de R$ 1,71.
A divisa dos EUA no balcão terminou com queda de 0,45%, a R$ 1,7590 - menor valor desde 11 de novembro, quando ficou em R$ 1,7440. Na BM&F, o dólar pronto encerrou no piso da sessão, em R$ 1,7568 (-0,84%). Na semana, o dólar no balcão acumulou baixa de 1,90%, que ampliou a desvalorização no mês e ano para 5,89%.
A moeda à vista renovou as mínimas na última hora de negócios, acompanhando a volta da Bovespa ao terreno positivo (+0,45%, aos 62.207,44 pontos às 16h39) simultaneamente aos ganhos do Índice Dow Jones, em Nova York (+0,52%). Às 16h07, o dólar caiu até 0,57%, para a mínima de R$ 1,7570 no balcão, e -0,84%, para R$ 1,7568 na BM&F. No mercado futuro, nesse horário, o dólar fevereiro de 2012 também estava no piso intradia de R$ 1,7615, baixa de 0,56%. Às 16h55, este vencimento de dólar caía 0,42%, a R$ 1,7640, com giro financeiro de US$ 10,8 bilhões - metade do volume movimentado na véspera.
Os investidores nesses mercados estão em compasso de espera por um possível acordo no curtíssimo prazo entre o governo da Grécia, os credores privados e a Troica (FMI, Comissão Europeia e BCE) sobre a reestruturação da dívida do país.
Enquanto aguardam um desfecho conclusivo dessas negociações, alguns players que compraram dólares mais cedo zeraram essas posições, em operações de day trade, expressando confiança no avanço das discussões na Grécia, explicou o gerente da mesa de derivativos de uma corretora. Esse movimento num dia de liquidez pequena, segundo ele, potencializa o recuo do dólar.
O giro financeiro encolheu nesta sexta-feira porque o fluxo comercial diminuiu em razão do feriado de São Sebastião, no Rio de Janeiro, que motivou a ausência de traders importantes, como o Banco do Brasil, Petrobras e Vale, que respondem por fatia significativa das operações de comércio exterior, disse a mesma fonte.