Ibovespa inicia fevereiro com alta acima de 1% 01/02/2012
- Beatriz Cutait e Filipe Pacheco - Valor
O bom humor marca a abertura da bolsa brasileira no primeiro pregão de fevereiro. Com desempenho atrelado ao da Europa, o mercado acionário doméstico opera de olho na divulgação de dados do setor industrial.
Próximo das 11h10, o Ibovespa subia 1,04%, para 63.729 pontos. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o índice futuro com vencimento em fevereiro avançava 0,92%, aos 63.970 pontos.
Entre os ativos de maior peso, Vale PNA subia 1,03%, a R$ 43,13; Petrobras PN avançava 0,89%, a R$ 24,79; OGX Petróleo ON ganhava 2,11%, a R$ 16,90; Itaú Unibanco PN tinha valorização de 0,71%, a R$ 35,35; e Bradesco PN se apreciava 0,50%, a R$ 31,56.
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Em Wall Street, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 subiam 0,72% e 0,67%, respectivamente, antes da abertura dos negócios.
O Ibovespa fechou janeiro com forte alta de 11,1%. Apenas ontem, o índice teve valorização de 0,48%, aos 63.072 pontos, maior nível desde 4 de julho de 2011.
Entre os destaques desta manhã, os dois Índices de Gerentes de Compras (PMIs) da China – medidos pelo HSBC e pelo governo – subiram em janeiro, mas analistas alertam que os números podem ter sido distorcidos pelo Ano Novo Lunar.
O PMI oficial aumentou de 50,3 em dezembro para 50,5 em janeiro, segundo a Federação de Logística e Compras da China (CFLP, na sigla em inglês), que divulga o dado junto com o Escritório Nacional de Estatísticas. O resultado surpreendeu analistas, que previam queda para 49,5. Esse foi o segundo mês consecutivo em que o PMI oficial ficou acima da marca de 50, o que aponta para expansão da atividade industrial.
O PMI que é divulgado pelo HSBC subiu de 48,7 em dezembro para 48,8 em janeiro.
Na zona do euro, o setor teve uma melhora, amparado principalmente pela recuperação da indústria de transformação da Alemanha. O PMI da região subiu de 46,9 em dezembro para 48,8 no mês passado.
O resultado é o melhor em cinco meses, mas segue abaixo da marca de 50, o que significa que a atividade ainda está encolhendo.
Nos Estados Unidos, a agenda do dia também reserva um indicador do desempenho da indústria na abertura deste ano e conta com números de gastos com construção em dezembro, de variação semanal nos estoques de petróleo e vendas de automóveis no mês passado.
O destaque, contudo, pertence aos dados da ADP, empresa que processa folhas de pagamento, sobre o comportamento do emprego no setor privado americano.
Os números da indústria na zona do euro e na China acalmam os agentes nesta manhã, que estão deixando de lado as preocupações com a crise de dívida da zona do euro e a falta de um acordo entre Grécia e credores privados para a renegociação da dívida.
Dólar começa mês de fevereiro com leve declínio
Em meio aos dados positivos da produção industrial na China e na zona do euro (especialmente na Alemanha), o dólar perde valor ante diferentes moedas do mundo no primeiro dia de fevereiro.
Por volta das 9h25, o dólar comercial operava em queda de 0,28%, cotado a R$ 1,742 na compra e R$ 1,744 na venda. Os contratos futuros com vencimento em março operavam em queda de 0,36%, a R$ 1,753.
Na véspera, a moeda terminou em desvalorização de 0,11%, cotada a R$ 1,747 na venda, mas a perda de valor ao longo do mês de janeiro foi bem maior, de 6,53%. Dos 21 pregões de janeiro, o dólar teve alta em apenas seis deles.
Na China, dois Índices de Gerentes de Compras (PMIs) – um que é medido pelo HSBC e outro divulgado pelo governo e considerado oficial – subiram em janeiro.
Já na zona do euro a recuperação da indústria de transformação da Alemanha ajudou a desacelerar a contração do setor como um todo em janeiro. A notícia motivava a valorização do euro, que operava com alta de 0,31% cotado a US$ 1,312. Os principais índices acionários da região subiam mais de 1%.
Nos Estados Unidos, o mês de fevereiro começa com destaque para o dado sobre criação de empregos. A ADP, empresa que processa folhas de pagamento, mostra o comportamento do emprego no setor privado e a previsão é de que foram abertas de 200 mil a 250 mil vagas, contra 325 mil em dezembro.
O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda ante seis outras, operava em queda de 0,27%, a 79,08 pontos.