Flamengo e Internacional tentam hoje, às 22 horas (21 H/MT), buscar a recuperação de um dos piores inícios de ano de brasileiros na Libertadores, considerando o histórico do país na primeira fase do torneio.

O objetivo é evitar vexame igual ao do Corinthians no ano passado, até hoje a única equipe do país eliminada antes da fase de grupos.

Os cariocas precisam vencer, no Rio, o Real Potosí, após terem perdido por 2 a 1 na altitude boliviana. Essa foi a primeira derrota brasileira em um jogo inicial da primeira fase da Libertadores, que teve início em 2005.


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Desde então, foram 11 jogos: cinco vitórias, cinco empates e a derrota rubro-negra.
Já os gaúchos pegarão, em Manizales, os colombianos do Once Caldas e podem até empatar, já que ganharam na ida por 1 a 0. A vitória magra em casa, porém, é uma exceção no retrospecto brasileiro.

Palmeiras e Cruzeiro, que também iniciaram o torneio junto de sua torcida em anos anteriores, aproveitaram o privilégio para abrir boa vantagem para o jogo de volta.

Em 2009, por exemplo, o alviverde fez 5 a 1 no Real Potosí e praticamente matou o confronto em 90 minutos.

O mau exemplo do Corinthians em 2011, que só empatou em casa e perdeu fora, liga o alerta para os brasileiros que entram em campo hoje.

Os jogadores do Flamengo se dizem conscientes da pressão da torcida depois do começo pouco promissor.

"Sabemos bem o que significa um possível resultado negativo nesta situação", disse o atacante Deivid. "Seria uma tragédia para o grupo. Temos o exemplo do Corinthians e não podemos deixar que isso se repita. Vimos o quanto o projeto deles ficou abalado com a derrota para o Tolima [da Colômbia]."

Para complicar, o clube carioca vive uma crise interna que envolve salários atrasados do astro do time, Ronaldinho, e desentendimentos entre a diretoria e o treinador.

O cargo de Vanderlei Luxemburgo ficará por um fio em caso de um fracasso hoje.

E o maior reforço do time para a temporada não estreará. Contratado por R$ 23 milhões, o atacante Vagner Love não foi inscrito na primeira fase da Libertadores.

A situação do Internacional é um pouco mais confortável. O clube ganhou o apoio máximo da torcida após o esforço milionário para manter o ídolo D'Alessandro no time.

O meia tinha proposta do futebol chinês, mas ganhou aumento salarial para continuar no Brasil. Ele e o atacante Leandro Damião serão as grandes esperanças de gols.

Apesar de ter como desafio a altitude de mais de 2.000 metros de Manizales, o volante Guiñazu não fala em empate, resultado que classificaria o time. "Temos que pensar em fazer nossa melhor partida, sem tentar administrar a vantagem", disse.

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