Após atravessar 2º melhor pregão do ano, Ibovespa abre em baixa 02/02/2012
- Beatriz Cutait e Filipe Pacheco - Valor
Após começar fevereiro com o segundo melhor pregão de 2012, a bolsa brasileira abriu os negócios desta quinta-feira no campo negativo. A agenda mais fraca do dia é propícia a um movimento de realização de lucros, diante da expressiva alta de 13,8% acumulada pelo Ibovespa neste ano.
Próximo das 11h15, o índice recuava 0,34%, para 64.349 pontos. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro de 2012 cedia 0,37%, aos 64.560 pontos.
No último pregão, o Ibovespa teve alta de 2,37%, aos 64.567 pontos. O giro financeiro atingiu expressivos R$ 9,86 bilhões.
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Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caía hoje 0,84%, a R$ 43,18; Petrobras PN perdia 1,12%, a R$ 24,67; OGX Petróleo ON subia 0,05%, a R$ 17,50; Itaú Unibanco PN tinha desvalorização de 1,06%, a R$ 35,32; e Bradesco PN se depreciava em 0,83%, a R$ 31,05.
Em Wall Street, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 recuavam cerca de 0,10%, antes da abertura dos negócios.
Deixando de lado uma parte das preocupações com a crise da dívida europeia, as atenções dos investidores nesta jornada se voltam à cena americana.
Destaque do pregão, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, discursa no Comitê de Orçamento do Congresso dos Estados Unidos sobre o cenário econômico e a situação do orçamento.
Vale lembrar que, na semana passada, Bernanke e seu colegas do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) acenaram que a taxa de juros deve seguir entre zero e 0,25% ao ano até o fim de 2014. E, em entrevista, Bernanke não descartou a possibilidade de novas medidas de estímulos à atividade.
Indicadores americanos de produtividade do trabalhador no quarto trimestre e demanda semanal por seguro-desemprego também pontuam os negócios.
Na Europa, enquanto as negociações para a reestruturação da dívida grega não têm um desfecho, investidores voltam as atenções para os leilões de títulos.
Desta vez, a Espanha conseguiu vender 4,56 bilhões de euros (US$ 6 bilhões) em bônus, acima do previsto, e pagando juros mais baixos, à medida que o Banco Central Europeu (BCE) reforçou a demanda pelos títulos. Foram ofertados títulos com vencimento em 2015, 2016 e 2017.
No front corporativo internacional, balanços trimestrais de empresas como Shell, Mastercard, Deutsche Bank e Unilever se destacam na agenda. Além disso, nos Estados Unidos, o Facebook divulgou ontem o prospecto de sua oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos. A oferta será primária e secundária e deve somar US$ 5 bilhões.
No Brasil, os resultados trimestrais de empresas como Fibria e Redecard também estão no centro das atenções.
Dólar começa operações com ligeira valorização
O dólar começou o dia em ligeira valorização perante o real, em recuperação ao movimento de baixa visto no pregão da véspera.
Por volta das 9h15 desta quinta-feira, o dólar comercial operava em alta de 0,23%, cotado a R$ 1,737 na compra e R$ 1,739 na venda. Os contratos futuros da moeda apontavam avanço de 0,11%, a R$ 1,749.
Na última sessão, a divisa fechou o dia com queda de 0,74%, a R$ 1,734 na venda, menor cotação desde 31 de outubro do ano passado.
Nos mercados externos, a moeda também operava próxima da estabilidade. O Dollar Index operava em alta de 0,16%, a 78,96 pontos, enquanto o euro declinava 0,08%, a US$ 1,314.