Grécia frustra investidor e Bovespa fecha em leve queda 09/02/2012
- Roberta Vilas Boas - Reuters e Eduardo Campos - Valor
A Bovespa fechou esta quarta-feira em leve baixa, com a ausência de uma esperado anúncio de medidas da Grécia para a rolagem de sua dívida com credores privados.
O Ibovespa teve baixa de 0,13 por cento, a 65.831 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 7,95 bilhões de reais.
Em Nova York, o índice Dow Jones recuava 0,04 por cento às 18h35 (horário de Brasília), enquanto o S&P 500 subia 0,13 por cento.
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Pela manhã, a bolsa brasileira operou em alta com a expectativa de que o acordo na Grécia fosse anunciado nesta quarta, o que não ocorreu. Em 2012, o Ibovespa já subiu 16 por cento, em meio a menores temores com os desdobramentos da crise de dívidas soberanas na Europa.
"O mercado ainda está no aguardo do que vai acontecer. Também foi um dia tranquilo em indicadores", afirmou o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos.
Ele lembrou que reuniões de líderes partidários da Grécia foram adiadas diversas vezes, mas o mercado ainda acredita que uma decisão será tomada nos próximos dias. "Até porque os líderes da Europa estão pressionando."
As ações dos setores de petróleo e de mineração foram as que mais pressionaram o Ibovespa. A preferencial da Petrobras caiu 0,66 por cento, a 25,43 reais. A também petroleira OGX perdeu 0,86 por cento, a 17,31 reais.
A preferencial da Vale recuou 0,73 por cento, a 43,65 reais. MMX,com queda de 4,47 por cento, a 8,55 reais, foi a pior do índice.
Na ponta contrária, Redecard avançou pelo segundo dia consecutivo, após o anúncio do Itaú Unibanco, que fará uma oferta pública pelas ações da operadora de cartões. O papel subiu 2,82 por cento, a 36,40 reais, acima do valor máximo que o banco pretende pagar, de 35,00 reais.
Itaú também foi destaque positivo, com ganho de 2,2 por cento, a 37,20 reais. Pela manhã, a instituição estimou uma alta de 14 a 17 por cento em sua carteira de crédito em 2012.
Fora do índice, Triunfo foi novamente o destaque, dessa vez de alta, subindo 6,54 por cento, a 8,15 reais, após a empresa conceder mais informações sobre os investimentos que fará no aeroporto de Viracopos, no interior de São Paulo. Nas últimas duas sessões, o papel havia caído cerca de 13 por cento.
Dólar sobe 0,17% e fecha a R$ 1,721
O pregão foi morno no mercado de câmbio nesta quinta-feira, com os vendedores receosos em abrir posição em função da possibilidade de novas atuações do Banco Central (BC).
Dados preliminares apontam que o dólar comercial fechou com alta de 0,17%, negociado a R$ 1,721 na venda. Na quarta-feira, a divisa cedeu 0,34%, a R$ 1,718.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para março mostrava queda de 0,20%, a R$ 1,727, antes do ajuste final.
Os preços têm sinais trocados, pois no fim do pregão de ontem a cotação futura reduziu o tamanho da queda. Com isso, a cotação à vista ficou defasada e passou por ajuste hoje.
O Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, caía 0,17%, a 78,56 pontos. Enquanto o euro subia 0,18%, a US$ 1,328.