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DIA A DIA

Ibovespa abre negócios com leve alta e marca 65.830 pontos
14/02/2012 - Beatriz Cutait e Felipe Pacheco - Valor

Após o forte aumento do apetite ao risco na segunda-feira, que garantiu à bolsa brasileira o melhor pregão do ano, o início dos negócios desta terça-feira é marcado pela cautela.

Investidores seguem naturalmente de olho na Grécia e estão atentos à reunião de ministros de finanças da zona do euro amanhã. De um lado, a decisão da agência de classificação de risco Moody’s de revisar os ratings de uma série de países da União Europeia adiciona tensão aos negócios. De outro, a melhora de um indicador de sentimento na Alemanha ameniza o tom do dia.

Nos Estados Unidos, as atenções estão voltadas à divulgação dos dados de janeiro de vendas no varejo. Por fim, no Brasil, a proximidade do vencimento do contrato futuro do Ibovespa, nesta quarta-feira, adiciona volatilidade à jornada.


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Próximo das 11h20, o Ibovespa subia apenas 0,21%, para 65.830 pontos. Já na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o índice futuro com vencimento em fevereiro de 2012 recuava 0,15%, aos 65.800 pontos.

Na véspera, o Ibovespa havia registrado valorização de 2,65%, aos 65.691 pontos.

Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caía hoje 0,41%, a R$ 43,55; Petrobras PN perdia 0,49%, a R$ 24,24; OGX Petróleo ON subia 0,28%, a R$ 17,43; Itaú Unibanco PN tinha desvalorização de 0,26%, a R$ 37,35; e Bradesco PN se apreciava em 0,22%, a R$ 31,39.

Em Wall Street, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 recuavam 0,03% e 0,06%, respectivamente, antes da abertura dos negócios.

Além dos números do varejo, a agenda americana reserva um indicador de estoques nas empresas e o índice de preços de importação.

No “velho continente”, o foco se volta à decisão de Moody’s, que resolveu rebaixar em dois níveis a nota de crédito da Espanha e em um nível as notas de Itália e Portugal. Os ratings da França e do Reino Unidos foram mantidos, mas a perspectiva das notas agora é negativa, o que indica a possibilidade de novos rebaixamentos.

Já nesta sessão, a Eurostat informou que a produção industrial da zona do euro caiu 1,1% em dezembro na comparação com novembro e 2,0% ante igual mês de 2010. Economistas previam recuo de 1,2% ante novembro e um declínio anual de 1,0%.

Do lado positivo, o índice de expectativas para a economia da Alemanha medido pelo Instituto Zew subiu pelo terceiro mês consecutivo em fevereiro, para 5,4 pontos, superando e muito as expectativas. Essa foi a primeira vez que o número ficou positivo desde maio de 2011. Em janeiro, o índice foi de -21,6.

E, mesmo após a decisão da Moody’s, em leilões de títulos da dívida realizados hoje cedo, os custos dos empréstimos da Itália e da Espanha registraram o menor nível em pelo menos 11 meses.

Agenda Brasil

No Brasil, além de reagir aos números de dezembro do setor varejista, o mercado repercute uma série de balanços corporativos, com destaque para o do Banco do Brasil.

O BB registrou lucro líquido de R$ 2,972 bilhões no quarto trimestre do ano passado, o que representa uma queda de 25,7% em relação ao mesmo período de 2010. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve um crescimento do lucro de 2,8%.

O lucro recorrente do BB, que exclui itens extraordinários como os relacionados a contingências fiscais e algumas provisões, foi de R$ 3,025 bilhões, valor 18,3% menor que o registrado um ano antes.

Os resultados da Souza Cruz, do Panamericano, da Mills e do Daycoval também estão no centro das atenções.

Dólar registra avanço ante o real, mas recua diante de outras moedas

O dólar começou a jornada desta terça-feira em ritmo de recuperação de valor ante o real, e opera na casa de R$ 1,71.

Por volta de 9h20, o dólar comercial operava em alta de 0,23%, cotado a R$ 1,717 na compra e R$ 1,719 na venda. Os contratos futuros com vencimento em março mostravam alta de 0,02%, a R$ 1,724.

Na segunda-feira, a moeda americana fechou com queda de 0,63%, a R$ 1,715 na venda, menor cotação desde 31 de outubro de 2011, quando a moeda fechou a R$ 1,704.

Ainda na segunda-feira, após o fechamento dos mercados, a agência de classificação de risco Moody's revisou o rating de uma série de países da União Europeia, e rebaixou as notas soberanas da Itália, Portugal e Espanha.

No exterior, o dólar tinha movimento oposto ao visto no Brasil, mostrando ligeiro recuo. O Dollar Index, que mede o desempenho do dólar ante seis outras divisas, operava em queda de 0,13%, a 79,02 pontos, enquanto o euro avançava 0,11%, para US$ 1,319.

  

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