Ibovespa fecha pregão com alta de 0,51%, aos 65.368 pontos 15/02/2012
- Beatriz Cutait e Eduardo Campos - Valor
A baixa de papéis de siderurgia, mineração e do setor financeiro pesou, mas não determinou o rumo da bolsa brasileira, nesta quarta-feira. Apesar de sua alta perder força na segunda etapa dos negócios, o Ibovespa operou no campo positivo do início ao fim dos negócios e chegou a testar a linha dos 66 mil pontos.
Dados preliminares mostram que, após marcar mínima de 65.041 pontos e máxima de 66.003 pontos, o índice fechou com valorização de 0,51%, aos 65.368 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 8,852 bilhões, distorcido em parte pelo vencimento do contrato futuro do Ibovespa.
Ontem, o Ibovespa havia recuado 0,99%, aos 65.038 pontos.
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Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caiu hoje 1,86%, a R$ 42,08; Petrobras PN perdeu 0,47%, a R$ 23,10; OGX Petróleo ON caiu 0,05%, a R$ 17,25; Itaú Unibanco PN teve desvalorização de 1,56%, a R$ 36,40; e Bradesco PN se depreciou em 1,09%, a R$ 30,71.
No mercado americano, as bolsas firmaram baixa após a divulgação da ata referente à última reunião do Comitê Federal de Política Monetária (Fomc, em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
Minutos atrás, o índice Dow Jones caía 0,88%, enquanto o Nasdaq recuava 0,47% e o S&P 500 perdia 0,62%.
Dólar sobe em dia de ajuste e vale R$ 1,723
O dólar comercial voltou a fechar em alta no pregão desta quarta-feira. As compras se acentuaram no decorrer da tarde e a moeda fechou com leve valorização 0,12%, a R$ 1,723 na venda. Na mínima, o dólar caiu a R$ 1,714 (-0,40%).
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar com vencimento em março ganhava 0,02%, a R$ 1,731, antes do ajuste final. O preço à vista sobe mais do que o futuro, pois se ajusta à cotação do contrato futuro. No fim da tarde de ontem, os contratos futuros acentuaram alta, movimento não acompanhado pelo preço à vista.
O comportamento do real ficou relativamente descolado da instabilidade externa, mostrando maior correção com o comportamento do dólar australiano e outras moedas emergentes.
No câmbio externo, o euro perdeu valor em meio a notícias de que a liberação de recursos para a Grécia pode ser postergada novamente. Há pouco, a moeda comum europeia perdia 0,36%, a US$ 1,308, enquanto o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subia 0,24% a 79,60 pontos.
No câmbio local, o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, acredita que o mercado continua se regulando, temendo novas medidas da Fazenda ou leilões do Banco Central (BC). “O mercado tem vontade de ir buscar o R$ 1,70, mas não vai por conta dessa sombra”, diz o especialista.
No entanto, pondera Galhardo, se o humor melhorar de forma mais consistente, com compras do BC ou não, o dólar perde com facilidade a linha de R$ 1,70.
A entrada de recursos externos segue firme no país. A sobra de moeda na semana encerrada dia 10 foi de US$ 3,827 bilhões. Com isso, o fluxo cambial nos oito primeiros dias úteis do mês soma US$ 7,622 bilhões. A cifra supera o resultado de janeiro, que foi de US$ 7,283 bilhões.
Na compra à vista realizada dia 6 de fevereiro, o BC tirou US$ 185 milhões de circulação. Disso resulta um fluxo líquido efetivo de US$ 7,437 bilhões no mês até o dia 10.
Dessa forma, podemos estimar que a posição comprada dos bancos no mercado à vista passou dos US$ 5,249 bilhões no fim de janeiro para mais de US$ 12,5 bilhões neste começo de mês.