Ibovespa inicia pregão em baixa e perde linha dos 66 mil pontos 23/02/2012
- Beatriz Cutait e Felipe Pacheco - Valor
Ainda que com oscilação modesta, a bolsa brasileira iniciou os negócios desta quinta-feira no campo negativo e o Ibovespa logo perdeu a linha dos 66 mil pontos.
Próximo das 11h10, o índice recuava 0,48%, para 65.775 pontos. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o Ibovespa futuro com vencimento em abril de 2012 caía 0,32%, aos 66.640 pontos.
Análise técnica da Itaú Corretora indica que o Ibovespa segue em tendência de alta no curto e médio prazo, trabalhando na região de forte resistência situada em 66.500 e 66.560 pontos. Acima deste, o mercado deverá continuar a subida e terá novo próximo objetivo em 70.107 pontos.
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Já do lado da baixa, o Ibovespa possui suportes em 65.800 pontos e, logo abaixo, em 64.800 pontos. "Se perder este, o mercado deverá encontrar espaço para buscar 63.850 pontos e o forte suporte em 63.500 pontos, que sustenta a tendência de alta de curto prazo", dizem, em relatório, Marcello Rossi e Fábio Perina.
Entre os ativos de maior peso, Vale PNA operava estável, a R$ 41,98; Petrobras PN perdia 0,54%, a R$ 23,76; OGX Petróleo ON subia 0,83%, a R$ 18,20; Itaú Unibanco PN tinha desvalorização de 0,49%, a R$ 36,15; e Bradesco PN se depreciava em 0,16%, a R$ 30,75.
Em Wall Street, os futuros do Dow Jones e do S&P 500 operavam próximo da estabilidade, antes da abertura dos negócios.
Enquanto aguardam os números americanos de pedidos semanais de seguro-desemprego, investidores lidam com notícias mistas vindas da Europa.
Do lado positivo, o índice de ambiente para os negócios da Alemanha, medido pelo Instituto Ifo, subiu de 108,3 em janeiro, para 109,6 em fevereiro, superando a previsão. Esse foi o quarto mês consecutivo de aumento e o nível atingido é o mais alto desde julho.
Além disso, a Itália anunciou que seu índice de confiança do consumidor subiu de 91,8 em janeiro, para 94,2 em fevereiro, também acima do esperado.
Na direção oposta, pesa sobre os mercados a revisão feita pela Comissão Europeia da projeção para o PIB da zona do euro este ano, que passou de uma expansão de 0,5% para uma queda de 0,3%.
A Comissão ainda cortou de maneira generalizada as previsões para os países do bloco, entre os quais a própria Alemanha e também a França.
Dólar opera em queda e chega a recuar abaixo de R$ 1,70
O dólar começou a sessão desta quinta-feira em queda considerável, e já chegou a operar em patamar inferior a R$ 1,70 no início da manhã.
Por volta de 9h20, o dólar comercial operava em queda de 0,41%, cotado a R$ 1,698 na compra e R$ 1,700 na venda. Na mínima do dia, a moeda chegou operar com valor de R$ 1,698, mas não se sustentou.
Na quarta-feira, o dólar terminou o dia em queda de 0,41%, a R$ 1,707 na venda, o que marcou a menor cotação da moeda desde 31 de outubro do ano passado. Até o fechamento de ontem, a divisa americana perdia 8,67% do seu valor no acumulado de 2011.
No exterior, o movimento da moeda era similar. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda ante seis outras, cedia 0,33%, para 78,97 pontos, enquanto o euro avançava 0,38%, a US$ 1,329 na venda.