Bovespa abre com valorização em pregão de giro financeiro fraco 24/02/2012
- Sílvia Rosa e Felipe Pacheco - Valor
A bolsa de valores brasileira abriu em alta nesta sexta-feira, com os investidores à espera do encontro dos ministros de Finanças e líderes dos bancos centrais do G-20, marcado para esse fim de semana na Cidade do México. Na ocasião, será discutida a ampliação dos recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI) em até US$ 600 bilhões.
O reforço do caixa do FMI tem sido visto como uma das principais iniciativas para aumentar o potencial de ação do órgão na ajuda aos países europeus e impedir, assim, que a crise da dívida soberana na Europa provoque o colapso do sistema financeiro. É esperado que os países emergentes que fazem parte do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) também contribuam com recursos para o fundo.
Por volta das 11h20, o Ibovespa operava em alta de 0,40%, aos 66.081 pontos, com giro financeiro de apenas R$ 283,67 milhões. O índice futuro do Ibovespa subia 0,36%, para 66.915 pontos.
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Em Wall Street, os índices futuros se situavam em campo positivo, com o Dow Jones avançando 0,18% e o S&P 500 em alta de 0,26%.
As bolsas europeias também registravam ganhos, impulsionadas por resultados positivos dos balanços divulgados pela Telecom Italia e Basf. Mais cedo foi divulgada a revisão do PIB alemão em 2011, que apresentou crescimento de 3,1%, uma desaceleração em relação aos 3,6% de 2010. Já o PIB do Reino Unido teve uma expansão de apenas 0,8%.
Além da ampliação dos recursos do G20, também será discutido no início de março o reforço do Mecanismo de Estabilidade Europeia (ESM, na sigla em inglês) e do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês), iniciativa que pode somar um montante de 750 bilhões de euros, equivalente a quase US$ 1 trilhão.
No cenário corporativo doméstico, destaque para as ações da Telemar Norte leste PNA e da Telemar ON, que subiam 3,26% e 2,74% respectivamente. Na quinta-feira, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) negou os pedidos feitos pelos acionistas minoritários envolvendo a reorganização societária do grupo Oi. Dessa forma, foi mantida a realização de assembleia na segunda-feira, para aprovar a reestruturação da companhia.
Na ponta oposta, as ações da Fibria ON recuavam 1,36%, para R$ 15,32.
Entre as blue chips, Vale PNA subia 0,51%, para R$ 43,02, e OGX Petróleo ON ganhava 0,43%, a R$ 18,19. Petrobras PN avançava 1,12%, para R$ 24,19. No setor financeiro, os papéis do Itaú Unibanco PN apresentavam valorização de 0,27%, cotados a R$ 36,20.
Dólar opera praticamente estável um dia após atuação do BC
O dólar volta a cair na manhã desta sexta-feira, mas ainda sustenta o patamar de R$ 1,71, o mesmo do fechamento da véspera.
Por volta de 9h25, o dólar comercial operava em ligeira queda de 0,05%, para R$ 1,708 na compra e R$ 1,710 na venda. Os contratos futuros operavam com queda de 0,32%, a R$ 1,711.
Na quinta-feira, o Banco Central atuou duas vezes para conter a desvalorização da moeda americana: uma por meio de leilão de swap cambial reverso (equivalente a uma compra de dólar no mercado futuro) e outra de compra no mercado à vista. A atuação do BC fez com que a divisa terminasse em alta de 0,23% frente ao real, enquanto caía em diversas outras partes do mundo.
O Dollar Index, que mede o desempenho do dólar em relação a seis outras moedas, cedia 0,04% nesta sessão, para 78,60 pontos, enquanto o euro subia 0,21%, para US$ 1,339.