Ibovespa fecha pregão com queda de 1,06%, aos 65.241 pontos 27/02/2012
- Beatriz Cutait e Eduardo Campos - Valor
O início da semana foi de baixa para o mercado acionário brasileiro. Uma realização de lucros tomou conta da bolsa e o Ibovespa distanciou-se da resistência técnica dos 66 mil pontos.
Dados preliminares mostram que, após marcar mínima de 65.067 pontos e máxima de 65.953 pontos, o índice fechou com desvalorização de 1,06%, aos 65.241 pontos. O giro financeiro atingiu apenas R$ 5,8 bilhões. No mês, contudo, o Ibovespa ainda acumula alta de 3,4%.
Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caiu hoje 1,09%, a R$ 42,50; Petrobras PN perdeu 0,53%, a R$ 24,35; OGX Petróleo ON recuou 2,64%, a R$ 17,70; Itaú Unibanco PN teve desvalorização de 1,08%, a R$ 35,61; e Bradesco PN se depreciou em 1,02%, a R$ 30,06.
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Já no mercado americano, as bolsas fecharam praticamente estáveis. Antes dos ajustes finais, o índice Dow Jones cedia apenas 0,01%, enquanto o Nasdaq avançava 0,08% e o S&P 500 tinha alta de 0,14%.
BC compra, mas dólar cai a R$ 1,705 e faz nova mínima para o ano
A primeira sessão da semana foi de baixo volume e modesta oscilação de preço no câmbio local, mas, ainda assim, o dólar fechou a segunda-feira marcando nova mínima para o ano.
No fim da sessão, o dólar comercial mostrava queda de 0,12%, a R$ 1,705 na venda. Tal cotação é a menor desde 31 de outubro de 2011, quando a moeda fechou a R$ 1,704. O giro estimado para o interbancário foi baixo, somando apenas US$ 1,5 bilhão.
O Banco Central (BC) voltou a marcar presença no mercado. Por volta das 16h10, a autoridade monetária fez atuação do mercado à vista, tomando moeda a R$ 1,7079. O leilão não teve impacto na formação de preço. E as vendas voltaram a ganhar força nos instantes finais do pregão.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto fechou com alta de 0,16%, a R$ 1,7079, e giro de US$ 127,75 milhões.
Também na BM&F, o dólar com vencimento em março mostrava queda de 0,32%, a R$ 1,7055, antes do ajuste final de posições. Esse contrato deixará de ser negociado ao fim do pregão de quarta-feira. O dólar para abril, que já ganha liquidez, perdia 0,34%, a R$ 1,7195, também antes do ajuste.
O comportamento do real está alinhado com o de outras moedas emergentes, como o rand sul-africano e o dólar canadense, que ganham da moeda americana nesta segunda-feira.
A alta do real, no entanto, é mais modesta do que a registrada pelos seus pares emergentes, muito disso em função da presença do BC no mercado. A possibilidade de novos leilões de compra impede a formação de posições vendidas de forma consistente, enquanto falta incentivo firme à compra de moeda. Com isso, a taxa mal sai do lugar.
Durante o fim de semana, na Cidade do México, o presidente do BC, Alexandre Tombini, apontou que a autoridade monetária continuará intervindo no mercado de câmbio. “O BC continua com sua estratégia de acumulação de reservas”, disse o presidente, que participou do encontro do G-20.
No câmbio externo, o euro devolve parte da alta de mais de 2% que registrou na semana passada. A moeda comum recuava 0,40%, a US$ 1,34. Na mão oposta, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, subia 0,21%, a 78,56 pontos.