Construtoras criam áreas de lazer diferentes para atrair compradores 06/03/2012
- Ana Paula Ramos - Folha de S.Paulo
Se antes salão de festas, quadra de esportes, playground e churrasqueira bastavam para agradar futuros moradores. Agora para superar a concorrência, as construtoras precisam estar sintonizadas com a tendência
Brinquedoteca, espaço zen e sala de cinema são algumas dos novos espaços de lazer criados pelas construtoras para atrair compradores.
Com significativos 35 mil m², o Central Park Prime, no Tatuapé (zona leste), tem o porte de um resort. A parceria da Lucio Engenharia com a Cyrela é divida em cinco segmentos, crianças, adolescentes, contemplação e relaxamento, esportes e família, e entre as opções mais inusitadas estão o minianfiteatro, a tecnohouse, o miniarvorismo e a sala de boxe.
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A professora Djenane Ricca Quirante Gabriel trocou a casa onde morava por um apartamento no empreendimento. "Além da área de lazer para todas as idades, há também um espaço cultural", observa. Com duas filhas, a segurança também pesou na decisão. "Lá elas vão ter mais liberdade e estarão mais próximas da natureza", avalia a professora.
O condomínio é de alto padrão, com apartamentos de 176m², 225m² e 315m², e o m² vale R$ 6 mil. As oito torres ajudam a baratear o valor do condomínio, que fica entre R$ 800 a R$ 1.500.
A churrasqueira e forno de pizza, o simulador de golf, a piscina com raia de 25 m e o espaço spa são algumas das opções oferecidas nos mais de 12.400 m² do Details, condomínio da Gafisa, em Moema (zona sul). O condomínio custa R$ 1 mil, e o m² fica entre R$ 10 mil e R$ 12 mil.
O Parque Butantã da OAS Empreendimentos, no Butantã (zona oeste), apostou em deque, sauna, brinquedoteca, espaço zen e sala de ginástica. Mas o diferencial ficou por conta do ambiente Stadium, uma sala de cinema de 24,5 m² com telão e barzinho, que imita um estádio de futebol.
"Pensamos na paixão do brasileiro pelo esporte. Todo mundo gosta de assistir junto", explica Luigi Petti, diretor de incorporação da OAS Empreendimentos. O condomínio oferece unidades de 51 m², valendo cerca de R$ 235 mil, e de 62,74 m², por R$ 288,6 mil.
ADMINISTRAÇÃO
Para Marcio Bagnato, gerente geral de condomínios da Habitacional, o desafio dessa tendência em ousar na infraestrutura de serviços está na administração. "As construtoras investem pesado nos diferenciais, mas quando eles são geridos por síndicos com pouca experiência, o empreendimento não fica a altura do que foi concebido", explica.
A Habitacional apostou em uma área só para games, com fliperama e diversos equipamentos, no condomínio Atual Santana, em Santana (zona norte). O empreendimento tem uma torre com 52 unidades e valor de R$ 6 mil o m². O condomínio fica em R$ 1 mil, em média.