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DIA A DIA

Ibovespa recua 0,31%, para 66.703 pontos, e perde 1,6% na semana
09/03/2012 - Beatriz Cutait e Eduardo Campos - Valor

Após avançar 2,8% nas duas últimas jornadas, a bolsa brasileira fechou os negócios desta sexta-feira em leve baixa e, desta forma, teve uma semana de perdas.

Dados preliminares mostram que, após marcar mínima de 66.679 pontos (-0,34%) e máxima de 67.419 pontos (0,76%), o Ibovespa fechou com desvalorização de 0,31%, aos 66.703 pontos. O giro financeiro atingiu R$ 6,513 bilhões.

Na semana, o índice teve queda de 1,6%. De toda forma, o Ibovespa ainda sobe 1,36% em março e defende alta anual de 17,5%.


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Entre os ativos de maior peso, Vale PNA caiu hoje 0,42%, a R$ 39,93; Petrobras PN perdeu 1,57%, a R$ 23,71; OGX Petróleo ON recuou 0,94%, a R$ 16,83; Itaú Unibanco PN teve valorização de 1,58%, a R$ 38,42; e Bradesco PN se apreciou em 1,78%, a R$ 32,57.

Já no mercado americano, as bolsas conseguiram fechar no campo positivo. O índice Dow Jones subiu 0,11%, enquanto o Nasdaq avançou 0,60% e o S&P 500 teve alta de 0,36%.

Dólar sobe mais de 3% na semana e vale R$ 1,785

Depois da trégua de quinta-feira, os compradores voltaram com força total no mercado de câmbio local, e o dólar a R$ 1,80 já não é uma realidade tão distante. De fato, a cotação já foi testada no mercado futuro nesta sexta-feira.

Contribuindo para tal comportamento do mercado, estão as ameaças do governo sobre novas medidas cambiais. Ao longo da semana, o Ministério da Fazenda e o Tesouro Nacional voltaram ao tema de fechar os buracos que permitem a arbitragem de juros no mercado brasileiro.

A relação risco/retorno de apostar do real, que já tinha diminuído em função da forte valorização da moeda - há duas semanas valia R$ 1,70 -, perdeu ainda mais apelo em função da incerteza regulatória.

Como diz um corretor, tanto o exportador quanto o importador preferem ficar de fora do mercado diante da falta de previsibilidade nos preços. Ou seja, para quem exporta seria melhor um dólar a R$ 1,70, mas com tendência, do que um dólar a R$ 2,0 sem tendência alguma. O aumento da volatilidade e da incerteza regulatória também representa aumento nos custos de operação, como tomada de crédito para exportação.

Nesta sexta-feira, o dólar comercial encerrou o dia com valorização de 1,31%, a R$ 1,785 na venda, mas fez máxima a R$ 1,791 (+1,65%). O giro estimado para o interbancário foi baixo, apenas US$ 900 milhões.

Na semana, o preço do dólar subiu 3,06%, maior alta semanal desde novembro do ano passado. Em março, a cotação sobe 3,78%. Mas, no ano, a divisa ainda cai 4,5%.

Na relação inversa, o real foi a moeda que mais perdeu para o dólar na semana dentro de uma cesta com divisas emergentes e desenvolvidas.

Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar pronto fechou com valorização de 0,73%, a R$ 1,783, e giro de US$ 102,25 milhões.

Também na BM&F, o dólar com vencimento em abril mostrava alta de 1,46%, a R$ 1,797, antes do ajuste final de posições. Na máxima, o contrato foi a R$ 1,8005.

No câmbio externo, o euro tem forte baixa desde o começo do dia, mesmo com a Grécia atingindo o percentual necessário de adesão para levar adiante o programa de reestruturação da dívida. O que causa certa incerteza é que ainda assim o país vai lançar mão de medidas coercivas para gerar essa reestruturação “voluntária”.

Agora à tarde, a Associação Internacional de Derivativos e Swaps (ISDA) anunciou que um “evento de crédito” ocorreu no processo de reestruturação da dívida da Grécia. Com isso, quem detém seguro contra um calote grego (CDS, na sigla em inglês) poderá executar sua contraparte. Tal evento pode somar instabilidade ao mercado e reduzir a confiança dos investidores quanto aos papéis de outros países da região.

Há pouco, a moeda comum apontava queda de 1,21%, a US$ 1,311. Já o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, apontava valorização de 1,04%, a 79,98 pontos, maior leitura desde meados de janeiro.

Além disso, os dados melhores sobre a economia americana servem de respaldo ao dólar, ao mesmo tempo em que diminuem a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) terá de tomar novas medidas de estímulos.

  

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