Ibovespa opera em ligeira queda, em linha com o exterior 19/03/2012
- Aline Cury Zampieri e Filipe Pacheco - Valor
O Ibovespa opera em ligeira queda após a abertura nesta segunda-feira, seguindo os sinais de Europa e Estados Unidos. A baixa era de 0,04% às 10h20, para 67.658 pontos.
O principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu em alta, acompanhando o índice futuro, mas não resistiu e passou a seguir os mercados internacionais.
Na Bolsa de Nova York, os índices Dow Jones e Nasdaq caíam 0,14%, e o S&P500 subia 0,11%.
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Na sexta-feira, o Ibovespa andou na contramão do exterior e fechou em queda. Na semana passada, o índice acumulou ganho de 1,47%.
Entre as ações mais negociadas hoje, Vale PNA recuava 0,21%, para R$ 41,81, e Petrobras PN caía 0,94%, para R$ 24,12.
O dia, segundo operadores, é de agenda fraca. Há vencimento de opções sobre ações na Bovespa, o que aumenta o volume de negócios e deixa as blue chips amarradas aos fechamentos. Mas, de acordo com os profissionais, não haverá muita briga entre comprados e vendidos.
Pela manhã, saíram números de inflação e o boletim Focus. O IPC-Fipe registrou inflação de 0,01% na segunda quadrissemana de março, ligeiramente abaixo das estimativas, que apontavam para aceleração de 0,05%. A segunda prévia do IGP-M de março apontou inflação de 0,35%, em linha com o esperado, após ter registrado alta de 0,11% em igual prévia de fevereiro.
Na pesquisa Focus, com projeções do mercado para as principais variáveis econômicas do país, as previsões para a taxa Selic neste ano e em 2013 foram mantidas em 9% e 10%, respectivamente, assim como os indicadores de inflação, na comparação com a última semana.
A sessão ainda tem números da confiança do construtor nos Estados Unidos, às 11 horas, e a balança comercial semanal brasileira, às 15 horas.
Dólar avança frente ao real e opera cotado a R$ 1,811
O dólar avança perante o real e outras moedas estrangeiras na sessão desta segunda-feira. Na relação inversa, a moeda brasileira era aquela que mais perdia valor ante a divisa americana levando em conta uma cesta composta por 16 outras divisas globais, compilada pela Bloomberg.
Por volta de 11h, o dólar comercial operava em alta de 0,44%, cotado a R$ 1,809 na compra e R$ 1,811 na venda. Os contratos futuros da moeda com vencimento no mês de abril mostravam alta de 0,38%, a R$ 1,816.
Os investidores estrangeiros seguem com posição vendida (aposta de queda do dólar) de US$ 2,752 bilhões em contratos de dólar futuro e de cupom cambial na BM&F, dando seguimento ao ritmo visto nos últimos dias da semana passada.
Na sexta-feira, a moeda americana terminou o dia praticamente estável, com ligeira queda de 0,06% e cotação de R$ 1,803 na venda. O Banco Central (BC) chegou a fazer um leilão à vista no meio da tarde, mas a atuação não teve impacto na formação de preço.
Investidores nos mercados externos aguardavam por sinais mais claros de um aquecimento da economia americana, após a divulgação na semana passada de perspectivas positivas para os Estados Unidos.
No mercado externo, o dólar perdia um pouco de terreno para o iene, considerada uma moeda segura em momentos de maior aversão a risco por parte de investidores.
Na Europa, aumentavam os temores de que Portugal pode ser a "próxima Grécia", ao se cogitar a necessidade de um segundo plano de resgate ao país, que também pertence à zona do euro.
O euro cedia levemente perante o dólar, com queda de 0,14% e cotado a US$ 1,315 na venda. O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda ante seis outras, operava praticamente estável, a 0,04%, a 79,82 pontos.
Entre as moedas de outros países emergentes ou exportadores de commodities, o rand da África do Sul cedia 0,13%, o peso mexicano recuava 0,02%, o dólar da Austrália caía 0,14% e o dólar canadense operava praticamente estável, com alta de 0,04%.