Bovespa mantém tendência da véspera e recua nesta quarta-feira 28/03/2012
- G1/Reuters e Cristina Canas - Agência Estado
A Bovespa operava em baixa de 0,85% no início do pregão desta quarta-feira (28), após as novas encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos subirem menos que o esperado em fevereiro.
Às 10h59, o Ibovespa tinha queda de 1%, a 65.378 pontos.
A Bovespa fechou com queda de quase 1% nesta terça-feira (27), impactada pelo comportamento negativo das ações das petrolíferas, com Petrobras e OGX registrando quedas, e após dados abaixo do esperado nos Estados Unidos esvaziarem o otimismo da véspera, com declarações do presidente do Federal Reserve.
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O principal índice da bolsa - Ibovespa - fechou em baixa de 0,97%, a 66.037 pontos. O volume financeiro do pregão foi de R$ 6,478 bilhões.
A BM&FBovespa informou na noite desta terça-feira (27) que foi condenada, em decisão judicial de primeira instância, em um processo envolvendo a maxidesvalorização do real, em janeiro de 1999, em que é acusada de improbidade administrativa e de causar dano ao erário público. Há outros réus nos processos, e o valor total da condenação é de R$ 8,423 bilhões, incluindo multa.
Na época, a diretoria do Banco Central realizou operações com contratos de dólares futuros a preços diferentes da cotação da então BM&F, com o objetivo de limitar o prejuízo de contratos de compra de dólares futuros e evitar um sério de risco de perda de confiança.
Dólar sobe com preocupações com atividade chinesa
A agenda brasileira é fraca nesta quarta-feira e o principal foco de atenções do mercado doméstico de câmbio, na abertura, são as preocupações internacionais com a atividade econômica chinesa, que estão pesando sobre todas as moedas, principalmente as de países exportadores de commodities, como é o caso do Brasil. Mas ainda influenciam os desdobramentos dos comentários de que o governo estaria estudando aplicar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em toda e qualquer operação de entrada de dólares no País. O dólar à vista abriu o dia em alta de 0,33%, a R$ 1,819.
Conforme vai chegando a hora de conhecer os dados oficiais da produção industrial da China, que vão sair no final de semana, os investidores estão juntando os últimos números divulgados no país, que foram fracos, e optam pela cautela. Ontem, por exemplo, foi divulgada a informação de que o lucro das industriais chinesas caiu entre janeiro e fevereiro, pela primeira vez desde 2009.
Diante disso, não adiantou de nada o ministro do Comércio do país, Chen Deming, dizer que o crescimento econômico em 2012 pode ser um pouco maior do que a previsão de 7,5%. As bolsas chinesas tiveram perdas fortes hoje e isso reflete-se nas commodities, nas moedas de países exportadores e nas bolsas, nesta manhã.
Aqui, o mercado de câmbio ainda se preocupa com as informações, surgidas ontem de que o governo estuda taxar todas as entradas de dólares com IOF. O Ministério da Fazenda negou essa possibilidade e os analistas acreditam, pois não vislumbram a possibilidade de o governo limitar os investimentos diretos. Porém, os temores de que a abrangência do imposto continue crescendo continuam fortes e interferem nos negócios.
Nos Estados Unidos, o resumo dos recados que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, tem dado em suas aparições constantes dos últimos dias é de que a economia ainda não está crescendo tanto a ponto de respaldar as últimas apostas do mercado de que o juro poderá ser elevado antes de 2014. Por outro lado, há sinais também de que o Fed não deve apresentar novos programas de estímulo à economia.
Foi divulgado hoje cedo o dado de encomendas de bens duráveis e o aumento menor do que o esperado em fevereiro pesou negativamente sobre o sentimento dos investidores.