DIA A DIA

Bovespa fecha em queda com desaceleração da economia da China
13/04/2012 - G1 com Reuters

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou o pregão desta sexta-feira (13) em baixa, acompanhando o movimento dos mercados externos após dados mais fracos sobre o crescimento da China e preocupações com a economia da zona do euro. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caiu 1,51%, a 62.105 pontos.

As ações de bancos como Santander e Itaú Unibanco exerceram fortes influências negativas sobre o resultado da bolsa. Os papéis do Santander terminaram o dia com queda de 4,96%, enquanto os do Itaú-Unibanco recuaram 3,88%.

A economia da China desacelerou para 8,1% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2011, depois de ter alcançado 8,9% nos três meses anteriores. Economistas previam um crescimento de 8,3%, e o resultado mais baixo provocou a preocupação de que a desaceleração da China ainda não chegou ao fim depois de cinco trimestres seguidos de enfraquecimento.


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O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira (13), em linha com o exterior, após dados de crescimento da China abaixo das expectativas abalarem o apetite por risco do investidor. A moeda terminou o dia vendida a R$ 1,84, com ganho de 0,552%.

"Os dados da China mais fracos do que o esperado causaram alguns ajustes nos mercados, já que ontem as bolsas subiram baseadas em expectativas de crescimento de até 9%", disse o economista sênior do BES Investimento, Flavio Serrano.

A economia da China desacelerou para 8,1% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período de 2011, depois de ter alcançado 8,9% nos três meses anteriores. Economistas previam um crescimento de 8,3%, e o resultado mais baixo provocou a preocupação de que a desaceleração da China ainda não chegou ao fim depois de cinco trimestres seguidos de enfraquecimento.

No cenário doméstico, a atenção dos investidores voltava-se para as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio. Na quinta-feira, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólares no mercado à vista, mas não evitou que a moeda norte-americana fechasse em queda, a R$ 1,8299.

O operador do Banco Daycoval Luiz Fernando Gênova afirmou que essas duas intervenções do BC no mesmo dia foram pautadas pela forte entrada de fluxo no país, e não necessariamente para defender um piso específico.

"O BC não quer estabelecer um patamar, pelo menos não formalmente. O que ele quer é evitar distorções de fluxo, mantendo o dólar numa cotação confortável", disse o operador, lembrando que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no início deste mês que a cotação do dólar acima de 1,80 real era "razoável".

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