DIA A DIA

Bovespa encerra com valorização após 3 dias de queda
25/05/2012 - G1 com Reuters

Após três dias consecutivos de desvalorização, a Bovespa voltou a fechar com valorização nesta sexta-feira (25), influenciada por dados positivos dos Estados Unidos e uma correção das perdas no valor de algumas ações em relação à semana. O Ibovespa, principal índice da bolsa, fechou com alta de 0,74%, a 54.463 pontos.

A Bovespa fechou a semana perto da estabilidade, com desvalorização acumulada de 0,09%. No ano, há perda de 4% e no mês de maio a desvalorização é de 11,9%.

Durante a manhã, o principal índice da bolsa brasileira chegou a oscilar e se aproximar da estabilidade, mas à tarde teve importante valorização.


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O movimento no pregão foi influenciado pelos dados positivos da confiança do consumidor nos Estados Unidos e um movimento de compra de ações com preço considerado baixo por investidores. "Os dados de confiança do consumidor norte-americano estão ajudando, dando um pouco de fôlego... e por conta das fortes perdas recentes e desses números está havendo oportunidade para algumas compras na baixa", afirmou o estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno.

Segundo pesquisa da Thomson Reuters em parceria com a Universidade de Michigan, a confiança do consumidor dos EUA atingiu em maio o maior nível em mais de quatro anos ao subir para 79,3, ante 76,4 em abril, superando a estimativa de 77,8. Mas, apesar do otimismo gerado pelos dados vindos dos EUA, as preocupações em relação à Grécia persistiam. Nesta sexta-feira, o vice-primeiro-ministro belga, Didier Reynders, afirmou que bancos centrais e empresas estariam cometendo um grave erro se não se estiverem se preparando para uma saída do país da zona do euro.

Segundo Rostagno, além de uma correção técnica diante das perdas de pregões recentes, as ações das construtoras também avançavam diante da perspectiva de um novo corte nas taxas de juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana que vem.

Era esperado um pregão de baixo volume de negócios - ainda mais durante a tarde - por conta do feriado nos Estados Unidos na segunda-feira, segundo operadores.

Apesar de abrir o pregão em alta, o dólar virou durante as negociações e encerrou a semana em queda nesta sexta-feira (25) e abaixo dos R$ 2. Com desvalorização de 1,7%, a moeda fechou cotada a R$ 1,9945. O dólar não caía abaixo dos R$ 2 desde o dia 14 de maio, quando fechou a R$ 1,9899.

A divisa fechou a semana com desvalorização acumulada de 1,19%. No ano, o dólar acumula alta de 6,74% e no mês de maio, de 4,59%.

Os investidores estiveram atentos às atuações do Banco Central no mercado de câmbio brasileiro, que vêm ocorrendo desde terça, no sentido de reduzir o valor da moeda americana frente ao real.

Nesta sexta, o BC atuou no mercado pelo quarto dia seguido e conseguiu mudar a direção da divisa. A moeda passou a operar em queda após o Banco Central anunciar um leilão de swap cambial, ofertando até 40 mil contratos, dos quais foram vendidos 14 mil papéis, ou 35%. Na véspera, a autoridade monetária também havia feito um leilão de swap ofertando a mesma quantidade para os mesmos vencimentos.

Competitividade

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta sexta que o atual patamar do câmbio é mais condizente com a competitividade das empresas e que a atuação do governo faz parte do jogo. “Eu acho que o governo tem que mitigar a alta volatilidade no câmbio. Nesta semana, quando o câmbio num dia deu uma forte desvalorizada, bateu em R$ 2,10, o Banco Central entrou e mitigou a excessiva volatilidade”, afirmou.

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