DIA A DIA

Bovespa encerra com forte valorização nesta quarta
06/06/2012 - G1 com Reuters

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou com valorização de 3,19% nesta quarta-feira (6), a 54.156 pontos. No ano, a bolsa acumula desvalorização de 4,58%.

Na véspera do feriado, os investidores repercutiram a inflação abaixo do esperado no Brasil e a expectativa na Europa de que os bancos centrais adotem novos estímulos à economia local após a manutenção da taxa de juros em 1% pelo Banco Central Europeu.

As ações do Banco Cruzeiro do Sul, que voltaram a ser negociadas nesta quarta, fecharam com desvalorização de 42,11%, valendo R$ 4,40.


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Os papéis estavam suspensos desde segunda, quando o Banco Central anunciou intervenção na instituição, por meio do Regime de Administração Especial Temporária (Raet). As ações do banco caíram quase 40% na semana passada, para R$ 7,60.

Depois de encerrar com desvalorização na terça e interromper uma trajetória de cinco dias consecutivos de valorização, o dólar comercial fechou novamente em alta nesta quarta-feira (6), véspera de feriado no Brasil. A moeda americana subiu 0,5% e terminou cotada a R$ 2,027.

Os negócios foram influenciados pela expectativa de que o Banco Central voltasse a atuar no mercado como ocorreu nos últimos dias. Na terça, o BC vendeu 20.300 contratos (US$ 1,013 bilhão) de swaps cambiais tradicionais, que equivalem a uma venda futura de dólares.

Na semana, o dólar desvalorizou 1,02%. Neste início do mês de junho, o resultado acumulado é de valorização de 0,47%. No ano, a alta é de 8,48%.

Depois de começar os negócios em queda, o dólar logo mudou de direção em relação ao real. Houve ainda um período de estabilidade no preço da moeda e mais tarde começou o ciclo de alta em que fechou a sessão.

O mercado esteve atento à divulgação da inflação medida pelo IPCA, que desacelerou em maio. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país usada como base para as metas do governo, desacelerou de 0,64% em abril para 0,36% em maio, como informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a taxa acumula alta de 2,24% e, em 12 meses, de 4,99% - "o resultado mais baixo desde setembro de 2010 (4,70%)", segundo a pesquisa.

O tom cautelosamente positivo no cenário externo também jogam contra uma alta acentuada do dólar, dizem os operadores. Investidores aguardam comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, após manter a taxa básica de juros da zona do euro em 1%. A expectativa é que o BCE possa indicar alguma disposição em afrouxar mais a política monetária já no próximo mês.

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