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DIA A DIA
Bovespa encerra em queda nesta quinta-feira
14/06/2012
- G1 com Reuters

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou em queda de 0,54% nesta quinta-feira (14), a 55.351 pontos.
A queda acontece após duas altas e foi influenciada pela divulgação do novo plano de negócios da Petrobras, que desagradou o mercado ao aumentar os investimentos, mas cortar metas de produção de petróleo e gás entre 2012 e 2016.
No ano, a bolsa acumula queda de 2,47%. No mês de junho, o resultado acumulado é de alta de 1,58% e na semana a valorização é de 1,69%.
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Dólar fecha em baixa nesta quinta, após alteração no IOF pelo governoO dólar comercial fechou em baixa nesta quinta-feira (14), dia em que o governo anunciou alteração no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos externos, o que, segundo agentes de mercado, deverá ajudar a combater a recente valorização do dólar no curto prazo.
A moeda norte-americana fechou em queda de 0,68%, cotada a R$ 2,0579 na venda.
Na avaliação de analistas de mercado, a medida anunciada nesta quinta-feira volta a facilitar a entrada de fluxos no país, mas o cenário externo segurava mais desvalorizações do dólar nesta sessão.
O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, reconheceu que a liquidez internacional piorou e, com a ação de agora, a oferta de crédito deve aumentar.
O governo decretou nesta quinta-feira a redução do prazo sobre empréstimos externos que tem incidência da alíquota do IOF de 6% para até dois anos. O decreto foi publicado no "Diário Oficial da União" e já está valendo.
O prazo anterior de incidência do imposto mais elevado era de até cinco anos e havia sido anunciado no início de março, quando o governo endureceu o tom à chamada "guerra cambial", que puxava a cotação do dólar para baixo, prejudicando a indústria brasileira.
Fluxo
"Eu acredito que essa medida não é em função de uma taxa (de câmbio) específica, mas sim em função de fluxo", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel, lembrando que em maio o fluxo cambial ficou negativo pela primeira vez desde dezembro passado.
A saída de moeda estrangeira no país superou a entrada no mês passado em US$ 2,691 bilhões, puxado pelos investidores financeiros. No mês de junho, até o dia 8, o fluxo estava positivo em US$ 843 milhões.
"Clientes que estavam estudando trazer recursos, com esse novo método, deverão trazer. Acredito que teremos fluxos mais positivos no curto prazo", disse Battistel.
Ao comentar a decisão, Mantega afirmou que a medida diminui o custo do crédito e aumenta a oferta. "O excesso de liquidez terminou e abrimos a possibilidade para empresas e bancos tomem empréstimos no exterior", afirmou o ministro em entrevista coletiva.
De acordo com agentes de mercado, a medida não está refletindo uma preocupação do governo com o atual patamar do dólar e com possíveis pressões inflacionárias, uma vez que índices têm mostrado sinais de arrefecimento dos preços.
Cenário externo
A moeda norte-americana seguia ainda o movimento da divisa no exterior nesta manhã, diante de preocupações com a economia norte-americana, que voltou a mostrar sinais de fraqueza após uma nova alta nos pedidos de auxílio-desemprego no país.
Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, Andre Perfeito, o cenário externo continua desinflacionário por causa da crise e, por isso, a valorização da moeda norte-americana não apresenta riscos nesse sentido.
"O cenário externo é tão desinflacionista que esse nível do dólar não representa um perigo à inflação", afirmou.
Desde o início de março, quando o governo começou a combater a desvalorização do dólar, a moeda norte-americana subiu mais de 20%. Na quarta-feira, o dólar avançou pelo terceiro dia seguido e fechou cotado a R$ 2,072, a maior cotação desde o dia 22 de maio deste ano, quando ficou em R$ 2,0804.


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