DIA A DIA

Bovespa fecha em alta e volta a acumular valorização no ano
19/06/2012 - G1 com Valor e Reuters

A Bovespa fechou em alta nesta terça-feira (19), aproveitando a trégua nos mercados externos, com seu principal índice sendo impulsionado pelo forte avanço das ações da Petrobras, em meio à crescente expectativa de que o governo possa anunciar em breve um reajuste nos preços dos combustíveis.

O Ibovespa encerrou com valorização de 1,78%, a 57.195 pontos. Na semana, a valorização é de 1,94% e no mês de junho, de 4,96%. No ano, a Bovespa voltou a acumular resultados também positivos, em 0,78%.

O movimento no país acompanhou o das bolsas europeias, com a crescente expectativa de que formuladores de políticas econômicas anunciem novas medidas de estímulo ao mercado, em meio à reunião do G20 e à espera do Federal Reserve (banco central norte-americano), cujas reuniões começaram nesta terça.


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O dólar encerrou em queda nesta terça-feira (19), com investidores buscando ativos de maior risco devido a expectativas de ação dos bancos centrais para injetar liquidez nos mercados e aliviar as tensões. A moeda abriu em queda, manteve a trajetória e fechou com desvalorização de 1,4%, a R$ 2,028.

No ano, a divisa acumula alta de 8,5% e no mês de junho, de 0,5%. Na semana, o resultado acumulado é de queda de 0,83%.

Influenciaram os mercados a expectativa de formação de um novo governo grego, o primeiro dia de reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e o segundo dia de encontros entre líderes do G-20.

"A desvalorização do dólar nesta sessão é um movimento generalizado no mundo, por causa de um momento de 'respiro' nos mercados internacionais", afirmou o operador do Banco Daycoval Luiz Fernando Gênova.

Apesar do resultado das eleições na Grécia, que afastou a chance de o país deixar a zona do euro, a situação da Espanha continua preocupando os investidores. Em leilão de títulos realizado nesta terça-feira, o país pagou o custo médio mais alto desde o lançamento do euro para vender títulos com vencimento em 12 meses, evidenciando a dificuldade do país em acessar os mercados de títulos e se autofinanciar. Em meio a esse cenário conturbado, crescem as expectativas de novos estímulos monetários pelos bancos centrais, o que alimentava o apetite por risco do investidor nesta sessão.

"Amanhã veremos a decisão do Fed (banco central dos Estados Unidos) sobre a taxa de juros e há no mercado a expectativa de anúncio de medidas de estímulo, como outra rodada de 'quantitative easing' (programa de compra de ativos)", afirmou Gênova.

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