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DIA A DIA

Carnes de porco e frango podem se tornar artigo de luxo
26/07/2012 - Gregory Meyer - Financial Times com tradução de Paulo Migliacci

As carnes de porco e frango passarão a custar caro, dada a combinação da seca e da política do álcool nos Estados Unidos que produzirá um "desastre" no mercado de milho, afirmou o executivo que comanda a maior produtora mundial de carne suína.

O custo dos principais ingredientes na ração animal -- milho e farelo de soja -- atingiu recordes este mês, quando a pior seca em 50 anos causou dano extremo às safras dos Estados Unidos, país que produz o maior excedente agrícola mundial.

EUA preveem forte alta no preço dos alimentos por conta da seca


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"A carne bovina será cara demais para comer. A de porco não ficará muito para trás. A de frango está se aproximando rapidamente do mesmo patamar", disse Larry Pope, presidente-executivo da Smithfield Foods. "Vamos mesmo tirar a proteína dos norte-americanos?"

Analistas da Smithfield acreditam que a safra de milho dos Estados Unidos terá rendimento inferior a 350 bushels (cada bushel de soja equivale a 25,4 kg) por hectare, e talvez chegue a apenas 325 bushels, o que pode reduzir severamente as expectativas de safra em um momento de escassez mundial de suprimento, disse Pope.

O governo norte-americano prevê rendimento médio de 365 bushels por hectare.

"Vou usar a palavra catástrofe --é essa a minha definição", disse Pope em entrevista ao "Financial Times".

Os produtores de carne sentem pressão imediata quando o preço da ração dispara. O segmento de produção de carne de porco da Smithfield, que tem ações negociadas na Bolsa de Nova York e vendeu 15,8 milhões de suínos no ano passado, registrou queda em sua margem bruta de lucro com a alta do custo das matérias-primas no ano fiscal encerrado em abril. As ações da Smithfield caíram em 13% nos 30 dias até terça-feira.

Pope diz que a companhia utilizou o mercado futuro para garantir os custos da ração "até a primavera de 2013". Ele teve de defender sua posição em uma reunião do conselho em 18 de junho, antes que o milho disparasse para o recorde de US$ 8 por bushel.

"Eu achava que milho a US$ 6 era o fim do mundo", disse Pope, que trabalha na Smithfield há mais de três décadas. "Jamais imaginaria que ficaria agradecido por poder comprar a US$ 7".

O mundo está se preparando para uma repetição da crise de alimentos de 2007/2008, com o efeito da pior seca norte-americana em 50 anos sobre os preços das commodities agrícolas básicas.

A maioria dos analistas antecipa que o setor de carne suína responda aos preços de ração mais altos reduzindo o número de animais mantidos. Pope alertou que os preços nos Estados Unidos subiriam "na casa dos dois dígitos", ou mais de 10% anuais.

Como outros executivos dos setores de pecuária e criação de aves, Pope apelou à Agência de Proteção Ambiental (EPA) pela suspensão do Padrão de Combustível Renovável, uma disposição legislativa que requer que mais de 48 bilhões de litros de álcool de milho sejam usados pelo setor de transporte este ano.

O Departamento da Agricultura norte-americano estima que quase 40% da safra de algodão dos Estados Unidos esteja sendo consumida pelas refinarias de etanol.

"É quase como um desastre ordenado pelo governo, e isso é perturbador", disse Pope. "A EPA tem autoridade administrativa para suspender a norma, e deveria usá-la. Deveria agir já", ele afirmou.

Tom Vilsack, secretário da Agricultura dos Estados Unidos, declarou oposição à suspensão da norma, que é popular nos Estados que cultivam milho.

A Associação de Combustíveis Renováveis, uma organização setorial, afirmou que "acreditamos firmemente que qualquer pedido para que a EPA suspenda a norma será rejeitado de imediato. A flexibilidade que as regras já oferecem às partes que precisam acatar a instrução é considerável. Se somada à disponibilidade de etanol e à produção atual, não há motivo para que a EPA aja. O mercado vai racionar o suprimento --já o está fazendo".

  

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