Entrevista com Susan Miller, a astróloga-estrela 06/12/2012
- Paula Neiva - Veja Online
Susan Miller, a astróloga mais famosa do mundo, é um fenômeno também no Brasil. Além das previsões que geram 16 milhões de pageviews mensais ao seu site, o astrologyzone.com, ela começa a explorar no país um outro mercado: o das superstições.
Susan foi contratada por uma fabricante de roupas íntimas para incluir suas previsões em uma ’caixinha da felicidade’, que inclui aquela peça do vestiário cuja escolha da cor, para a noite do Reveillon, é prioridade máxima para muita brasileira.
Na tarde de terça, em São Paulo, ela esteve com convidados e falou sobre os astros, o ano novo e o fim do mundo.
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Fim? Não, pode ficar tranquilo, caro leitor. Susan diz que os maias nunca previram que o mundo iria acabar neste ano. Foram mal interpretados.
Em sua primeira visita em solo brasileiro, Susan elogiou o país e disse que os Estados Unidos têm "muito o que aprender com o Brasil". E ainda disse que gostaria de conhecer a presidente (e sagitariana) Dilma Rousseff.
Ao final da reunião, ela conversou comigo. Confira:
O final de 2012 foi emblemático para a política nacional, com a condenação de mensaleiros envolvidos em um esquema de corrupção no governo. O ano que vem trará outras boas notícias do gênero?
- Existe uma explicação astrológica para o combate à corrupção ter se sobressaído neste ano por aqui. É que a posição de Saturno, planeta que faz com que respeitemos as regras, em relação a Marte era muito favorável, justamente nas casas do governo e da lei. O Brasil fez a coisa certa. Acho que 2013 será positivo nesse aspecto e a corrupção continuará sendo combatida, mesmo porque muitos dos corruptos em potencial tenderão a pensar duas vezes, com medo de serem pegos.
A senhora recebeu críticas por ter deixado de publicar suas previsões durante o luto, depois de perder sua mãe. O que dizer sobre as pessoas que depositam nos oráculos a responsabilidade de definir suas escolhas?
- Soube que houve críticas nas redes sociais. Mas prefiro focar nos 95% de fãs e amigos que enviaram manifestações de carinho e apoio. Sei que há pessoas que, depois de ler as previsões, fazem até reuniões para discutí-las. Mas a astrologia não é tarô, não é vidência. Além disso, há o risco da interpretação equivocada, especialmente quando a língua materna da pessoa não é o inglês. Não quero que me vejam como uma adivinha, mas como uma amiga, uma líder de torcida, um técnico que ajuda a identificar oportunidades. Eu penso que gostaria de fazer pelos outros o que minha mãe fez por mim, a motivação que dava. Ainda assim, para as coisas acontecerem, é preciso agir. O amor não vai bater à sua porta se você não sair de casa, por mais que os astros conspirem a favor.
Há quem acredite que a cidade onde se passa o Réveillon ajuda a determinar se o ano será bom ou não. A senhora recomenda algum lugar específico para a próxima virada?
- Não estudei as cidades brasileiras separadamente. Mas posso afirmar que o Brasil é um bom lugar para se estar neste ano. O país é regido por Urano e esta é uma boa pedida. Outro lugar interessante é o Japão, Tóquio, que é regido por Aquário, que traz aspectos positivos também. É só não ficar por lá depois do meio do ano.
A senhora já conhecia as superstições brasileiras para a noite de Ano-Novo?
- Nunca tinha ouvido falar, mas achei sensacional. Acredito que os signos e as cores tenham uma relação, sim. Na astrologia, a natureza ensina que os ciclos do ano favoreçam determinadas cores. Vou levar essa ideia para os Estados Unidos e vai fazer um sucesso tremendo.
Para os superticiosos, o 13 é um número controverso. O que traz um ano que termina em 13?
- Ao contrário do que pensa muita gente, esse número é maravilhoso. Mas vale ressaltar que o final de 2013 será complicado. Para quem quiser se programar com antecedência para o Réveillon do ano que vem, de 2014, minha orientação é: fique em casa e não viaje de jeito nenhum.