DIA A DIA

Presidentes amigos são convidados para posse de Chávez
08/01/2013 - Veja Online

Em meio à crise política às vésperas da posse presidencial de Hugo Chávez, o governo da Venezuela resolveu apelar para os vizinhos e convidou os "presidentes amigos" para comparecerem ao evento, mesmo que este não aconteça. Segundo o jornal La Nación, a presidente argentina Cristina Kirchner já confirmou que viajará na quarta-feira a Havana, onde Chávez está internado após a quarta cirurgia contra o câncer, para visitá-lo, se possível, ou ao menos ver sua família. No entanto, não se sabe se ele conseguirá assumir a Presidência, o que levou os chavistas a programarem um concerto em homenagem a ele na capital venezuelana.

Na semana passada, informa o jornal argentino, os chavistas haviam pedido a Cristina que adiasse a sua viagem a Cuba, mas a presidente insistiu que quer ver ao menos a família do coronel venezuelano para "acompanhá-los neste momento". Em seguida, Cristina deve partir para uma viagem de negócios pelos Emirados Árabes, Indonésia e Vietnã. Cristina já havia enviado, na quinta-feira passada, o secretário de estado para assuntos internacionais, Rafael Follonier, a Cuba para expressar o apoio da Argentina a Chávez e ao vice-presidente, Nicolás Maduro.

Além de Cristina, o presidente do Uruguai, José Mujica, confirmou que viajará em apoio ao coronel. Porém, ainda não está claro se ele irá para Havana ou Caracas. A capital venezuelana será palco de uma concentração convocada pelo chefe da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, para dar respaldo a Chávez, que deveria comparecer à própria posse, mas está impedido devido à gravidade de seu estado de saúde, embora poucos detalhes tenham sido revelados.


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A data da posse tornou-se o dia da discórdia na Venezuela. A oposição cobra que Cabello assuma a Presidência na provável ausência de Chávez à cerimônia de posse. O chavismo, por sua vez, afirma que o juramento é mera formalidade. Chávez está internado em Cuba desde 11 de dezembro, quando foi submetido à quarta cirurgia para combater um câncer na região pélvica.

Economia

Enquanto isso, Maduro, indicado pelo próprio Chávez como seu sucessor, anunciou mais controles na Venezuela durante a ausência do coronel. O vice firmou um acordo com o setor açucareiro determinando que 80% da produção será destinada ao consumidor venezuelano diante dos problemas de abastecimento de alimentos enfrentados no país, informou nesta terça-feira o jornal El Nacional.

Antes de partir para Cuba, Chávez delegou a Maduro novos poderes, como o de ditar decretos para nomear vice-ministros, presidentes e membros de juntas diretivas de órgãos governamentais, além de tomar decisões sobre os rumos da economia venezuelana.

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