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DIA A DIA

Após 14 anos, Brasil volta a encontrar a Espanha
29/06/2013 - Alexandre Lozetti, Leandro Canônico e Márcio Iannacca - GLOBOESPORTE.COM

Jogadores que estiveram em campo no amistoso de novembro de 1999 confessam não ter muitas recordações do último duelo com a Fúria.

Faz tanto tempo que o Brasil não enfrenta a Espanha que até mesmo alguns jogadores envolvidos no empate por 0 a 0, em amistoso no dia 13 de novembro de 1999, em Vigo, não se lembram do duelo. Em campo estavam Cafu, Roberto Carlos, Emerson... mas nenhum deles tem recordação daquela partida.

- Para ser sincero, eu não me lembro do jogo – admitiu Emerson.


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- Lembro muito pouca coisa. Acho que foi um jogo truncado – arriscou Cafu.

- Só lembro que foi 0 a 0. Não tenho grandes lembranças – disse Roberto Carlos.

De quatro entrevistados pelo GLOBOESPORTE.COM, apenas um lembrou: o ex-zagueiro Antônio Carlos Zago. Ele citou até mesmos jogadores que estavam defendendo a Espanha, então dirigida por José Antonio Camacho – o Brasil estava sob o comando de Candinho, já que Luxemburgo viajava com a seleção olímpica.

- Foi um jogo que não teve muitas chances de gol. A Espanha tinha uma seleção muito boa, com Guardiola, Raúl, Morientes... – declarou Zago.

Quase 14 anos depois do último confronto, Brasil e Espanha voltam a se enfrentar neste domingo, às 19h, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, pela final da Copa das Confederações. Muito embora os europeus sejam considerados favoritos, os ex-jogadores, aqueles que duelaram com a Espanha, em 1999, estão otimistas.

Dentro da Copa das Confederações, o Brasil só não é mais favorito do que a Espanha porque eles ganharam a última Copa do Mundo. Fora isso, não existe favoritismo para essa final. Embora pelo que eu tenha visto no noticiário a Espanha está aproveitando as riquezas do Brasil, né – declarou Emerson, lembrando as polêmicas vividas pela Espanha (roubo e mulheres na concentração).

Capitão do penta, Cafu está incomodado com o fato de não acreditarem que o Brasil possa vencer a Espanha e conquistar o tetra da Copa das Confederações.

- Eu vi os jogos da Espanha na Copa das Confederações e está na hora de a gente tirar esse favoritismo deles e colocar o Brasil no topo de novo. Sem dúvida nenhuma essas quatro vitórias consecutivas mais os resultados nos amistosos anteriores aumentaram a confiança da Seleção – opinou o ex-lateral-direito.

Já para Antônio Carlos, que atualmente está em Florença, na Itália, para um curso de treinadores, o fator torcida pode ser o diferencial. Assim como Neymar.

- A Espanha é superior ao Brasil porque tem um time mais entrosado, uma seleção campeã do mundo e da Europa. Mas nós jogamos em casa, com a nossa torcida a favor. O clima deve nos ajudar e também nós temos o Neymar, que está fazendo a diferença até agora – declarou Zago.

Apenas Roberto Carlos, que jogou muitos anos no espanhol Real Madrid, não quis palpitar sobre o jogo. Disse apenas ter a certeza de que será histórico.

- Tenho certeza que será um bom jogo, mas prefiro não arriscar um palpite porque tenho grandes amigos dos dois lados – falou o pentacampeão.

Confrontos históricos

Brasil e Espanha se encontraram apenas oito vezes na história do futebol com suas seleções principais. E a vantagem é da equipe sul-americana, com quatro vitórias. Houve ainda dois empates e dois triunfos do time europeu. Cinco desses duelos, aliás, foram em disputas de Copas do Mundo.

Em 1934, na Itália, a Espanha eliminou o Brasil com uma vitória por 3 a 1 nas oitavas de final. Em 1950, em casa, a Seleção goleou os espanhóis por 6 a 1 no quadrangular final. Já em 1962, no Chile, triunfo verde e amarelo por 2 a 1, na primeira fase. Em 78, na Argentina, empate por 0 a 0, também na fase inicial.

O último encontro das seleções em Mundiais foi na Copa do Mundo de 1986, no México. Na fase de grupos, o Brasil fez 1 a 0, gol de Sócrates.

Há ainda um outro confronto interessante a ser lembrado. Mas nas categorias de base. Em 2003, no Mundial Sub-20, nos Emirados Árabes, o Brasil venceu a Espanha na decisão e foi campeão. Daqueles times, o goleiro Jefferson e o lateral Daniel Alves sobrevivem no Brasil. E Iniesta brilha na Fúria.


  

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