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DIA A DIA

Vaca monitorada eletronicamente ajuda no combate a praga invasora
27/09/2013 - Globo Rural

Nesta semana em que o Jornal Nacional apresenta reportagens especiais sobre pragas que vieram de outros países e causam prejuízos enormes, Tonico Ferreira mostra, nesta quinta-feira (26), mais duas: uma lagarta pequena e destruidora. E um tipo de capim.

Uma vaca monitorada eletronicamente ajuda pesquisadores a descobrir a forma de combate a uma praga invasora. Ela veio da África do Sul e avança pelo Pampa, no Sul do Brasil. O capim-annoni bloqueia o crescimento do capim nativo, que é nutritivo e de fácil digestão para o gado. Um pesquisador mostra o que acontece com o animal que pasta em área infestada pelo annoni.

“Ele começa a caminhar e começa a encontrar só annoni. Quando ele baixa o annoni ao invés de comer assim, ele pega e pega uma coisa que é muito mais difícil de colher e muito pior. Essa força que eu estou fazendo, força de tração, isso é a mesma coisa que dizer que é altamente fibroso esse tipo de material. Se fizer uma analise química nela, isso vai dizer que o teor de fibra é extremamente elevado”, explica o zootecnista Paulo Carvalho. O gado chega a perder dentes ao mastigar esse capim.


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“Ele gasta um monte de força, de energia para colher isso e não vale a pena, porque é uma coisa ruim”, afirma o zootecnista.

As sementes do annoni chegaram por acaso ao Brasil há 50 anos. Vieram misturadas com outras sementes importadas. De início, pecuaristas se encantaram com o bom desenvolvimento do annoni e sua resistência ao frio, até descobrirem que ele não era bom para o gado. Aí já era tarde. As sementes se espalharam e hoje o capim ocupa o equivalente a 15% do que ainda resta de campos naturais no Rio Grande do Sul.

Em busca de espaço, o capim annoni não respeita nada, nem mesmo fronteira entre países. Eu estou na fronteira entre Uruguai e Brasil. O annoni está em toda a parte; cruzou por aqui sem qualquer cerimônia. Na estância Santa Clara, quase um terço do pasto está tomado pelo annoni. A produção caiu.

“Eu não consigo colocar um boi adulto, uma vaca adulta por hectare. Antes eu colocava de quatro a cinco”, ressalta o pecuarista Carlos Campos.

Um aplicador de herbicida, desenvolvido pela Embrapa, mostrou-se capaz de matar o annoni e preservar o capim nativo. Mas ainda não foi possível estancar o avanço do invasor.

“O ambiente aqui no Rio Grande do Sul é mais favorável a ele do que na própria África do Sul onde ele tem origem”, diz o agrônomo da Embrapa Naylor Peres.

A semente continua sendo levada por animais, pelo vento e pela circulação de veículos.

“Eu não tô desestimulado, nem nada. Nós estamos começando a combater, mas se não se tomar uma providência pesada, unida, a comunidade toda não tomar, ele vai invadir. Daqui 40 anos ele está dono de 100% área”, explica o pecuarista Carlos Campos.

Nas lavouras de algodão do Oeste da Bahia, a praga é outra. A helicoverpa armígera, que era desconhecida nas Américas, chegou ao Brasil na safra passada e logo se multiplicou.

“Há quem diga que ela pode ter vindo dentro de flores de outros países”, conta o engenheiro agrônomo Celito Eduardo Breda.

Em uma safra, a lagarta já entrou em pelo menos 10 estados e atacou várias culturas: soja, milho, feijão e café. Um produtor mostra que no algodão o ataque se concentra no botão da flor, também chamado de maçã.

Só depois de gastar muito dinheiro com inseticidas foi que os produtores da Bahia perceberam que não dá para combater a lagarta apenas com produtos químicos. A maneira mais eficiente e menos agressiva ao meio ambiente é associar vários tipos de controle, com ênfase nos biológicos.

Pesquisadores estão estudando possíveis inimigos naturais: fungos, vírus, bactérias e insetos, como a joaninha.

“Quando se usa só químicos desequilibra muito o ambiente e a lavoura”, ressalta Celito Eduardo Breda.

Os agricultores reclamam do prejuízo. “Tem o que você deixa de produzir e tem o custo que aumenta para tentar se controlar. Então acho que somando um pelo outro dá uns 30% de prejuízo diretamente vai gerar essa lagarta”, diz o agricultor Paullo Almeida Schmidt.

“Está comendo o nosso lucro”, lamenta o vice-presidente da Associação Brasileira de Produtores de Algodão, João Carlos Jacobsen.


  

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