Os fiscais federais agropecuários deram início nesta segunda-feira a uma greve com duração prevista inicialmente de cinco dias. A paralisação poderá afetar a movimentação de produtos agrícolas nos portos.

A expectativa da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa) é que a maior parte dos fiscais em portos e aeroportos brasileiros pare de trabalhar. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, um balanço do movimento deverá ser divulgado até o início desta tarde.

Os fiscais, ligados ao Ministério da Agricultura, são responsáveis pela certificação de todas as cargas agropecuárias que entram ou saem do país. Os carregamentos precisam da liberação do serviço de inspeção para poderem ingressar no país ou serem exportados.


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Entidades do setor agrícola no Brasil, como a Abipecs, que reúne os exportadores de carne suína, já manifestaram preocupação com a greve, que poderá interromper o fluxo das mercadorias e causar problemas de armazenagem nos portos e unidades de processamento.

Segundo a Anffa, grãos e oleaginosas também estão sujeitos à certificação para exportação, e as empresas que ainda não possuem o certificado terão de aguardar pelo fim da greve para prosseguir com os embarques previstos.

Os fiscais querem que o governo federal cumpra alguns itens de um acordo fechado em 2005 e que eles alegam não terem sido ainda implementados.

Entre eles está a proposta de reestruturação de carreira dos fiscais e o encaminhamento do pedido para a criação de uma unidade de formação dos profissionais.

A Anffa diz que após cinco dias de paralisação haverá uma avaliação da posição do governo. A partir daí a greve poderá terminar ou não.

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