Vaias estragam 1º de maio do PT na festa da CUT 02/05/2014
- Veja.com + Estadão
A festa do Dia do Trabalho da Central Única dos Trabalhadores (CUT) é conhecido por abrigar entusiasmados discursos petistas.
Neste ano, foi diferente. Nenhum integrante do PT ficou à vontade para falar ao público no evento, que reuniu 80.000 pessoas segundo a organização.
O mais hostilizado foi o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. O público vaiou fortemente quando seu nome foi anunciado, mesmo sem ele estar presente no momento.
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Embora sua presença tenha sido aguardada (constava inclusive em sua agenda oficial), ele optou por não subir ao palco.
A plateia também levantou faixas de protesto contra o petista: "Prefeito Fernando Haddad: atenda a nossas reivindicações!"
Petistas
Sem Haddad no palco, o ex-ministro da saúde e pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandra Padilha também tentou falar ao público, com o senador Eduardo Suplicy ao lado.
Por causa da impaciência dos presentes, que claramente queriam continuar assistindo aos shows musicais, os políticos preferiram falar pouco.
Padilha desejou "bom dia, boa tarde e boa noite" e questionou a plateia "quem era contra o racismo: levanta a mão".
O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, esteve no palco representando a presidente Dilma Rousseff e também foi econômico nas palavras. Ele fez apenas uma rápida saudação, sem discursar.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, apenas gritou: "viva o trabalhador".
O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, partido da base de apoio da presidente Dilma, foi um dos que mais falou.
Rabelo aproveitou seu discurso para fazer críticas aos opositores. Segundo ele, a oposição acha que aumentar o salário mínimo "é uma ameaça".
"Não podemos voltar atrás, a oposição é uma volta atrás, é perda de conquistas e de direitos", afirmou.
Força Sindical
No ato do Primeiro de Maio da Força Sindical, o tom dos oradores foi de críticas ao governo. O deputado Paulo Pereira da Silva (SDD-SP) fez o discurso mais contundente.
"Quem deveria estar presa na Papuda [presídio em Brasília onde estão os mensaleiros José Dirceu e José Genoino] é a presidente Dilma, pelos roubos que tem feito na Petrobras, empresa que os brasileiros aprenderam a admirar", disse.
Paulinho aproveitou para criticar a ausência da presidente no evento da Força, que reuniu 1,5 milhão de pessoas, segundo a central.
"Quem tem coragem mostra a cara e quem não tem manda representantes", afirmou Paulinho, referindo-se aos dois emissários de Dilma no evento, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o ministro do Trabalho, Manoel Dias.