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DIA A DIA

O que o eleitor espera das urnas?
29/09/2014 - Gabriel Castro e Bianca Bibiano - Veja.com

Sucessivas pesquisas de opinião feitas nos últimos anos apontam a saúde, a segurança e a educação como as maiores prioridades do eleitor.

Mas, em um país com dimensões continentais como o Brasil, a inevitável limitação do debate eleitoral pode esconder necessidades muito mais complexas -- e nem sempre captadas pelos candidatos.

O site de VEJA analisou números e ouviu moradores de todas as regiões do páis nos últimos três meses para identificar os principais desafios que aguardam os próximos governantes nas 27 unidades da federação.


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Apesar das diferentes demandas, uma conclusão é clara: temas como a independência do Banco Central, o casamento gay e a política externa, debatidos à exaustão nas propagandas dos candidatos à Presidência, não estão entre as prioridades do eleitor.

Moldado por marqueteiros, formatado para evitar deslizes e elaborado em escritórios distantes do Brasil profundo, o discurso dos candidatos muitas vezes não tem conexão com as prioridades da vida real.

Um exemplo desse descompasso é a redução da maioridade penal: mais de 80% da população apoiam a mudança; os candidatos, entretanto, dão pouca atenção ao tema.

Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) são contra a alteração; Aécio Neves (PSDB) é a favor de uma mudança tímida na legislação e dá pouca atenção ao tema.

O mesmo vale para a saúde: há poucas propostas definitivas para a resolução do problema além da construção de novas unidades -- como o dinheiro disponível vai ser praticamente o mesmo independentemente do candidato vencedor, o eleitor tem poucos elemtentos para diferenciá-los nesse quesito.

O debate sobre o modelo de gestão ou de partilha dos recursos fica em segundo plano.

Na educação, os gestores parecem pouco preocupados em incentivar o mérito e formar alunos em condições de excelência -- exatamente o que o eleitor espera para seus filhos.

A falta de apreço pelo tema é suprapartidária. Em São Paulo, o PSDB extinguiu a repetência escolar para valorizar a "inclusão" em vez do aprendizado.

O PT defende a implementação inclusão, no currículo, de temas pouco relevantes para a formação intelectual do aluno, mas eficazes para a formação de esquadrões de alunos "socialmente conscientes" -- pelos critérios do partido.

Basta ouvir os eleitores para notar de forma clara aquilo que os protestos e junho do ano passado expressaram de forma difusa: os gestores públicos têm fracassado no exercício de tarefas simples.

Edweyne Matos é dono de um box no Mercado Ver-o-Peso, em Belém (PA). Ele costuma sair de casa às 5h30 da manhã para trabalhar; mas, até dois anos atrás, a rotina começava mais cedo, antes das 5h.

Até que ele foi assaltado na porta de casa, por dois rapazes que chegaram em uma moto e lhe apontaram a arma. Edweyne passou a sair de casa quando a luz do sol começa a surgir.

"A violência aqui está fora de controle, mesmo nas áreas que eram consideradas seguras", diz ele, que não prestou ocorrência do assalto por não ter qualquer esperança no trabalho investigativo da polícia.

A 2.700 quilômetros dali, em Venda Nova (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte, a vendedora Laudeene Silva se queixa do atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da região onde vive.

Ela levou o sobrinho de nove anos a um desses centros e teve de esperar horas até que a consulta fosse realizada.

"Para mim, a saúde é o problema mais grave", diz ela.

Nas pequenas cidades, fora dos grandes aglomerados urbanos, os problemas são parecidos; o fluxo migratório e a prolferação das drogas tornou muitas cidades do interior problemas semelhantes aos das capitais.

Cosmópolis (SP), que fica numa região produtora de cana, é um exemplo.

Recentemente, a região passou por um processo de automatização da colheita, o que deixou muitos cortadores desempregados.

Simultaneamente, o aumento no consumo de crack gerou uma elevação na criminalidade.

"A violência cresceu nos últimos anos e acredito que isso se deve, em partes, a quantidade novos moradores que a cidade recebe a cada ano”, diz, desesperançoso, Anício Rocha, dono de um restaurante na cidade.

As principais reivindicações dos eleitores parecem ter mudado pouco nos últimos anos.

No sertão, a estiagem continua sendo a maior inimiga da população.

Sebastião Bezerra Loiola, 67 anos é pescador aposentado e mora em Forquilha (CE). Ele se queixa de como os efeitos da seca não são resolvidos, apesar das promessas constantes:

“Este ano não vou votar. A cada quatro anos, ouvimos promessas de que vão trazer a água de volta, mas a chuva não vem, os políticos não trazem os sistemas de abastecimento que prometem e a seca só aumenta. Eu costumava pescar em alguns açudes da região. Hoje todos estão secos”, afirma ele.

Na outra ponta do Brasil, são as incertezas da economia que preocupam a pedagoga Jussara Rissi.

Moradora de Sapiranga (RS), na região metropolitana de Porto Alegre, ela diz que os empregos na região tem sido ameaçados.

"O setor calçadista era muito importante por aqui, mas a concorrência dos chineses tem prejudicado as empresas", diz.

O Rio Grande do Sul tem perdido competitividade nos últimos anos, o que teve um impacto sobre a renda per capita estadual.

Foco

O cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma que os debates sobre temas etéreos não são inúteis: eles têm como objetivo a conquista do eleitor com mais anos de estudo.

"O eleitor de menor escolaridade talvez não saiba nem o que significa Banco Central. A principal preocupações são relacionadas ao seu dia-a-dia", afirma.

O professor já coordenou uma pesquisa que avaliou o que influencia a escolha do eleitor.

A conclusão é essa: mesmo o cidadão com menos anos de estudo não vota apenas por causa de uma ou outra característica isolada do político.

A corrupção, por exemplo, tem um impacto significativo quando há uma decisão judicial desfavorável ao candidato.

Mas, dependendo das realizações, o efeito é anulado:

"Os gastos do prefeito com saúde, educação, casa popular e mobilidade urbana têm um efeito que faz desparecer o efeito negativo da corrupção sobre o voto", explica.

Enquanto os candidatos trocam acusações mais ou menos pertinentes no horário eleitoral, há 200 milhões de brasileiros esperando soluções concretas que lhes permitam uma vida mais segura e autônoma.

Para resolver problemas de pessoas como Edweyne e Laudeene, Anício, Sebastião e Jussara, os novos governadores e o próximo presidente precisarão de muito mais do que peças bem feitas de propaganda.

Caso contrário, as reivindicações da população continuarão sendo as mesmas em 2018.

Centro-Oeste

Distrito Federal: Corrupção


Como tem sido frequente, a corrupção é parte essencial do debate na capital da República. José Roberto Arruda (PR) foi barrado pela lei da Ficha Limpa, mas nomeou a mulher para ser vice na chapa de Jofran Frejat (PR). O governador Agnelo Queiroz (PT), impopular e com passado mal explicado, sucumbe nas pesquisas. O descontrole na saúde e o esgotamento do sistema de transportes também preocupam o eleitor, amplamente insatisfeito com os rumos da gestão atual.

Cenário: Rodrigo Rollemberg (PSB) despontou após a saída de Arruda, e Jofran Frejat empurrou Agnelo Queiroz para o terceiro lugar. O mais provável é que o candidato do PSB enfrente – e vença – o adversário do PR no segundo turno.

Goiás: Escoamento de safra

As bandeiras do agronegócio, especialmente a melhoria das condições de escoamento da safra, são primordiais para o Estado. A segurança pública é outro assunto urgente: a taxa de homicídios do Estado cresceu 80% em dez anos e é de alarmantes 44,3 por 100.000 habitantes. Na saúde, a falta de médicos é crítica. As desigualdades regionais ainda são grandes; fora da região de Goiânia e Anápolis, a pobreza predomina.

Cenário: O governador Marconi Perillo (PSDB) não tem enfrentado dificuldades até aqui. Iris Rezende (PMDB) deve chegar ao segundo turno com a "ajuda" dos candidatos menos expressivos, que somam 17%, segundo o Ibope. Mas o favoritismo é do tucano.

Mato Grosso: Infraestrutura

A expansão do agronegócio em Mato Grosso tem sido freada pela falta de infraestrutura. Projetos existem, como o da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste e a duplicação da BR-163. Mas pouca coisa sai do papel. Na região oeste do Estado, a pouco fiscalizada fronteira com a Bolívia é corredor usado para o transporte de drogas. Mato Grosso tem ainda um dos piores resultados do Índice da Educação Básica (Ideb) do país.

Cenário: O senador Pedro Taques (PDT), que disputou sua primeira eleição há apenas quatro anos, tem uma vantagem sólida e venceria a eleição no primeiro turno se a votação fosse hoje. Mas o Ibope tem detectado um crescimento de Lúdio Amaral (PT), o segundo colocado.

Mato Grosso do Sul: Patrulhamento na fronteira

O Estado tem sido palco de constantes conflitos agrários entre fazendeiros e indígenas,o que prejudica a geração de riquezas. A fronteira com Paraguai e Bolívia são fontes de problemas na área da segurança pública: a região perto da cidade paraguaia de Capitán Bado sofre com a violência. A integração entre as diferentes regiões do Estado ainda é insuficiente: o norte de Mato Grosso do Sul carece de rodovias e ferrovias para a circulação de cargas e de pessoas.

Cenário: O senador Delcídio Amaral tem mais de 40% das intenções de voto e chances reais de vencer no primeiro turno. O segundo colocado é Reinaldo Azambuja (PSDB).

Nordeste

Alagoas: Homicídios


Nenhum Estado tem uma taxa de homicídios tão alta quanto Alagoas: 64,6 por 100.000 habitantes. É mais do que o dobro da já elevada média nacional, e cinco vezes o índice medido no Estado de São Paulo. O pequeno Estado do Nordeste sofre ainda com os efeitos da estiagem. E os índices sociais são sofríveis: Alagoas tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a maior taxa de analfabetismo do Brasil.

Cenário: Renan Filho (PMDB) caminha para uma vitória tranquila sobre Benedito de Lira (PP). A inexpressividade dos demais candidatos deve garantir uma vitória no primeiro turno ao peemedebista.

Bahia: Violência

As políticas para conter o avanço da violência nos municípios baianos são o principal tema entre os candidatos ao governo da Bahia. O Mapa da Violência, aponta que, das dez cidades com as maiores taxas proporcionais de homicídios em 2012, cinco são municípios baianos. Problemas na área de saúde também são explorados pelos candidatos de oposição sob o argumento de que faltam hospitais no estado e de que não funciona o sistema de regulação de leitos hospitalares no SUS, que mapeia vagas disponíveis para atender os pacientes.

Cenário: O ex-governador Paulo Souto (DEM) é o favorito e, segundo o Ibope, venceria a disputa no primeiro turno. Mas Rui Costa (PT), o segundo colocado, cresceu nas últimas semanas e reduziu a desvantagem.

Ceará: Seca

A seca tem castigado o Ceará. Quase todos os municípios do Estado entraram em estado de emergência por causa da falta de chuvas. As obras dos governos estadual e federal servem para amenizar os efeitos mais agudos do problema, mas a crise hídrica está longe de uma solução definitiva. A criação de alternativas para os agricultores familiares, ainda muito dependentes do Bolsa Família, é um desafio dos próximos administradores do Ceará.

Cenário: O peemedebista Eunício Oliveira viu sua vantagem dimiunuir nas últimas semanas. Camilo Santana (PT) agora está apenas cinco pontos atrás do líder, de acordo com o Ibope. Ainda assim, por falta de terceira via, o segundo turno não está garantido.

Maranhão: Saúde

O baixo Índice de Desenvolvimento Humano do Maranhão está no centro da disputa eleitoral deste ano. A miséria e a falta de desenvolvimento econômico do Estado ocupam grande parte da pauta dos candidatos. Na terra de José Sarney, o combate à corrupção exerce um papel central nas discussões políticas. A saúde também está em debate: o Maranhão tem um dos maiores déficits de médicos do país.

Cenário: Flávio Dino (PCdoB) se aproxima de uma vitória histórica contra o representante do grupo político de José Sarney, Lobão Filho (PMDB). A eleição deve ser resolvida no primeiro turno.

Pernambuco: Segurança Pública

A segurança pública de Pernambuco foi um dos pontos críticos não resolvidos pela elogiada administração do ex-governador Eduardo Campos. O Estado continua com índices de criminalidade muito maiores do que a média nacional. A saúde é outro ponto-chave para o eleitor pernambucano. E, apesar do desenvolvimento econômico recente de Pernambuco, a pobreza no semiárido ainda é aguda.

Cenário: Paulo Câmara (PSB) está à frente de Armando Monteiro Neto (PTB) e pode garantir a vitória no primeiro turno.

Piauí: Combate à pobreza

O Piauí já teve o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos estados brasileiros. A situação melhorou nos últimos anos, mas o combate à pobreza continua sendo um tema prioritário por lá. As extensas, férteis e pouco aproveitadas terras piauienses ainda abrigam uma parcela muito pequena de terras destinadas ao agronegócio. O parque industrial do Estado é insignificante, o que mantém grande parte das famílias presas à agricultura familiar.

Cenário: O ex-governador Wellington Dias (PT) está à frente dos adversários e tende a vencer no primeiro turno. Zé Filho (PMDB) é o segundo colocado.

Rio Grande do Norte: Descontrole fiscal

A gestão desastrosa da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) deixará para o novo governador muitos problemas para resolver. O descontrole fiscal do Estado é o principal deles. A falta de gestão multiplicou os problemas nas áreas de saúde, educação e segurança. Mais do que corrigir os rumos da gestão, será preciso retomar a confiança de que o governo é capaz de exercer suas tarefas básicas.

Cenário: O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) está à frente Robinson Faria (PSD).

Sergipe: Educação

A educação vai mal em Sergipe. O menor Estado do Brasil tem o 21º resultado do Ideb entre as unidades da federação e não cumpriu as metas traçadas para o ano de 2013. A saúde funciona de forma caótica. E a economia sergipana custa a ingressar em um círculo virtuoso que reduza a dependência da população de programas como o Bolsa Família.

Cenário: Jackson Barreto (PMDB) deixou Eduardo Amorim (PSC) para trás nas pesquisas. É possível que não haja segundo turno.


Norte

Acre: Transportes


As dificuldades naturais do acesso ao Acre por terra foram agravadas com as enchentes que destruíram parte da BR-364 no ano passado; o assunto é primordial para o desenvolvimento do Estado. A ausência do poder público nas fronteiras também constitui um problema grave no Estado, que tem um parque industrial quase inexistente e poucas alternativas econômicas ao extrativismo.

Cenário: A tendência é que haja segundo turno com a participação do atual governador, Tião Viana (PT). Tião Bocalom (DEM) e Márcio Bittar (PSDB) brigam para enfrentar o petista.

Amapá: Geração de riquezas

A política amapaense é marcada pelos casos de corrupção. O favorito nas eleições é Waldez Góes (PDT), que foi preso em 2010. O histórico de escândalos parece ter anestesiado o eleitor local. A violência tem crescido de forma rápida, especialmente no interior do Estado. O Amapá também precisa de novas formas de gerar riqueza, já que hoje, 23 anos após a emancipação, o Estado ainda vive às custas de verbas federais.

Cenário: Waldez Góes (PDT), um ex-presidiário, está à frente nas pesquisas. Ele deve disputar o segundo turno com Lucas Barreto (PSD) ou com o governador Camilo Capiberibe (PSB).

Amazonas: Zona Franca e preservação ambiental

A Zona Franca de Manaus é o principal motor econômico do Estado; por isso, o debate sobre a desindustrialização e a perda de competitivdade do Brasil é relevante no Amazonas. No Estado, composto majoritariamente por florestas, a preservação ambiental é outro assunto priomordial. Assim como os transportes: a ligação rodoviária entre áreas importantes do Estado ainda é precária, quando não inexistente.

Cenário: Eduardo Braga (PMDB), que já governou o Estado por duas vezes, tende a vencer no primeiro turno. José Melo (PROS) aparece em segundo lugar.

Rondônia: Transportes

O agronegócio é parte importante da economia de Rondônia. Mas, no Estado, as condições de transporte da safra são ainda piores do que as do Centro-Oeste. Os conflitos agrários ainda ocorrem com frequência. E a saúde, mais uma vez, é problema: mesmo na capital Porto Velho, o número de médicos está muito abaixo do mínimo necessário para um atendimento de qualidade.

Cenário: Tudo indica que haverá um segundo turno entre o ex-governador Expedito Filho (PSDB) e o atual, Confúcio Moura (PMDB). A vantagem é do tucano.

Roraima: Energia

Roraima está sob ameaça de desabastecimento energético por causa da frágil rede de abastecimento do Estado. A disputa de terras entre indígenas e fazendeiros deixou marcas e prejudicou o andamento da economia local na última década.

Cenário: Neudo Campos (PP) era o favorito e deveria enfrentar Chico Rodrigues (PSB) no segundo turno. Mas o candidato do PP foi barrado pela Justiça e passou o lugar para a mulher, Suely Campos. Ângela Portela, dez pontos percentuais atrás de Rodrigues segundo o Ibope, ainda tenta reagir.

Tocantins: Saúde

No Estado, a saúde é um tema central dessas eleições: a rede pública é incapaz de atender a demanda da população. O novo governador também precisará melhorar o desempenho econômico do Tocantins, ainda pouco povoado e com baixa geração de riquezas. O Estado exporta metade do que que a cidade paulista de Araraquara, por exemplo. A educação merece um cuidado especial: o Ideb tocantinense tem piorado nos últimos anos.

Cenário: Como não há uma terceira via forte, o pleito deve ser decidido no primeiro turno. Marcelo Miranda (PMDB) tem quase 50% das intenções de voto, cerca de 15 pontos percentuais à frente de Sandoval Cardoso (SD).

Sudeste

Espírito Santo: Segurança Pública

A segurança pública é uma preocupação constante do capixaba e tema presente nos debates entre os candidatos. O Espírito Santo tem a segunda maior taxa de homicídios do país. A saúde é outro marco negativo: um levantamento feito em 2012 pelo Conselho Federal de Medicina apontou que os moradores do Estado eram os mais insatisfeitos com a rede pública hospitalar: nota 2, de zero a dez.

Cenário: Paulo Hartung (PMDB) pode vencer a disputa ainda no primeiro turno contra o atual govenrador, Renato Casagrande (PSB).

Minas Gerais: Saúde

A falta de hospitais regionais no Estado e o baixo investimento em saúde pública são os principais temas discutidos na eleição para o governo de Minas Gerais. Os dois principais candidatos acusam as administrações do PT e do PSDB, partidos dos quais fazem parte, de não investir em saúde pública. Os municípios mineiros também comprometem cada vez mais seus orçamentos com despesas de Santas Casas. Os próximos governantes terão como desafio a melhoria das condições sociais em regiões aidna muito pobres, como o norte mineiro.

Cenário: Fernando Pimentel (PT) levaria a eleição no primeiro turno se a votação fosse hoje. Pimenta da Veiga (PSDB) ainda tenta alcançar o petista para evitar a primeira derrota tucana no Estado desde 1998.

Rio de Janeiro: O futuro das UPPs

O debate sobre as Unidades de Polícia Pacificadora ocupa boa parte da pauta eleitoral. Embora ninguém fale em extinguir as UPPs, há divergências sobre o papel e a eficácia do programa implementado pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). A saúde precária e o transporte sobrecarregado no Estado também têm ficado em primeiro plano na equilibrada disputa pelo governo do Rio.

Cenário: O panorama eleitoral do Rio é um dos mais indefinidos do país. Mas há um candidato em tendência de alta: Luiz Fernando Pezão (PMDB), que ultrapassou Anthony Garotinho (PR) nos últimos dias. Marcelo Crivella (PRB) ainda briga para ir ao segundo turno, enquanto Lindbergh Farias (PT) está abaixo dos 10% das intenções de voto.

São Paulo: Crise de abastecimento de água

A crise hídrica no Estado é o ponto mais urgente a ser resolvido pelo novo governador. O nível do sistema Cantareira está em 7%, e muitas cidades já precisam fazer rodízio no fornecimento de água. O transporte público é outro assunto permanente na pauta local A capital paulista é a cidade onde o trabalhadores leva mais tempo para chegar ao trabalho. E, apesar da redução constante na década de 2000, os índices de criminalidade pararam de cair de forma consistente. Casos frequentes de latrocínio assustam os paulistas.

Cenário: Geraldo Alckmin (PSDB) caminha para a reeleição no primeiro turno. De acordo com o último Ibope, ele tem uma vantagem de 21% sobre a soma dos adversários, que incluem Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT).

Sul

Paraná: Melhorias no Porto de Paranaguá

A violência cresceu no Paraná na última década, na contramão do que aconteceu nos outros estados do Sul e do Sudeste. O Porto de Paranaguá, parte essencial do sistema de escoamento da produção brasileira, está muito perto do limite. Sem melhorias estruturais, urgentes, o Estado corre o risco de perder riquezas e empregos.

Cenário: O atual governador, Beto Richa (PSDB), tem pouco menos de 50% das intenções de voto, segundo o Ibope. Roberto Requião (PMDB) aparece em segundo lugar, com 30%. Richa venceria no segundo turno - mas pode levar já no primeiro.

Rio Grande do Sul: Endividamento

O Rio Grande do Sul tem perdido competitividade para outros Estados do Brasil -- e principalmente para o exterior. Endividado, o Estado tem os piores índices econômicos da Região Sul. O agronegócio é outro setor importante do Estado; por isso, o debate eleitoral no Rio Grande do Sul passa necessariamente pelo apoio ao produtor rural.

Cenário: A candidata Ana Amélia Lemos (PP) liderou a maior parte das pesquisas, mas Tarso Genro (PT) reagiu. O segundo turno é certo e, por ora, a candidata do PP venceria.

Santa Catarina: Segurança Pública

No ano passado, Florianópolis viveu dias de medo quando uma facção criminosa começou a incendiar ônibus para tentar intimidar as autoridades de segurança pública. O episódio marcou o fim da aura paradisíaca que acompanhava a capital catarinense. Santa Catarina é uma potência industrial e abriga seis portos; a constante ampliação da malha viária é essencial para manter o ritmo da economia do Estado.

Cenário: O governador Raimundo Colombo (PSD), que se elegeu pelo DEM e agora apoia Dilma Rousseff, tem uma sólida vantagem, suficente para a vitória no primeiro turno. Se isso não acontecer, o desafiante na segunda etapa deve ser Paulo Bauer (PSDB).


  

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