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DIA A DIA

Bolsa reduz perdas após queda histórica. Dólar recua para 2,098
16/08/2007 - Folha Onlive

A Bolsa brasileira, após despencar quase 9% nesta quinta-feira, já reduz o ritmo de perdas, acompanhando a modesta recuperação dos pregões americanos. Uma soma de más notícias, a respeito dos problemas com os créditos imobilários nos Estados Unidos, provocou a derrocada global das principais Bolsas de Valores.

O Ibovespa, principal indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), reduz o ritmo das perdas históricas desta quinta-feira e desvaloriza 5,57%, aos 46.537 pontos. O giro financeiro se mantém alto: R$ 5,87 bilhões. Mais cedo, o índice caiu mais de 8%.

O dólar comercial é negociado a R$ 2,098 para venda, em alta de 3,34%, o preço mais alto da moeda americana desde 14 de março. A taxa de risco-país dispara e marca 231 pontos, número 13,2% superior à pontuação final de ontem.


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A má notícia da vez é protagonizada pela empresa americana Countrywide Financial, maior financiadora imobiliária dos EUA, que foi obrigada a tomar US$ 11,5 bilhões para se prevenir contra uma possível falta de crédito na praça. Ontem, o banco de investimentos Merrill Lynch já havia rebaixado sua recomendação para as ações da empresa.

Entre outras notícias, o Departamento do Comércio dos EUA informou que a construção de casas teve queda de 6,1% em julho, caindo para uma taxa anualizada de 1,38 milhão de unidades --uma redução de 20,9% em relação ao mesmo mês de 2006 e a mais baixa taxa desde janeiro de 1997.

Entenda a crise

Os mercados ao redor do mundo estão preocupados com o setor imobiliário nos Estados Unidos, que atravessou um boom nos últimos anos. O medo principal é sobre a oferta de crédito disponível, já que, há algumas semanas, foi detectada uma alta inadimplência do segmento que engloba pessoas com histórico de inadimplência e que, por conseqüência, podem oferecer menos garantia de pagamento --é o chamado crédito ¨subprime¨ (de segunda linha).

Justamente por causa do alto volume de dinheiro disponível ultimamente, o ¨subprime¨ foi um setor que ganhou força e cresceu muito.

Como os empréstimos ¨subprime¨ embutem maior risco, eles têm juros maiores, o que os torna mais atrativos para gestores de fundos e bancos em busca de retornos melhores. Estes gestores, assim, ao comprar tais títulos das instituições que fizeram o primeiro empréstimo, permitem que um novo montante de dinheiro seja novamente emprestado, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago.

Também interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos.

Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os ¨subprime¨, o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito).

No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, por isso o pessimismo influencia os mercados globais.

O estopim para a tensão mundial foi justamente uma notícia vinda da Europa, de que o banco francês BNP Paribas, um dos principais da região, havia congelado o saque de três de seus fundos de investimentos que tinham recursos aplicados em créditos gerados a partir de operações hipotecárias nos EUA. A instituição alegou dificuldades em contabilizar as reais perdas desses fundos.

O mercado já monitorava há meses os problemas com esses créditos imobiliários. Quando a inadimplência dessas operações superou as expectativas, empresa após empresa nos EUA relataram problemas de caixa.

Os investidores, então, começaram a ficar preocupados com o tamanho do prejuízo. Principalmente porque ninguém sabe, até hoje, quanto os bancos e fundos de investimento têm aplicados nesses créditos de alto risco. E o caso do Paribas sinalizou que esses problemas e medos haviam atravessado as fronteiras.

Esse desconhecimento geral começou a provocar o que se chama de crise de liquidez (retração do crédito) no sistema financeiro. Num mundo de incertezas, o dinheiro pára de circular --quem possui recursos sobrando não empresta, quem precisa de dinheiro para cobrir falta de caixa não encontra quem forneça.

Para socorrer os mercados financeiros e garantir que eles tivessem dinheiro para emprestar, os principais bancos centrais do planeta --o BCE (Banco Central Europeu), o Federal Reserve (Fed, o BC americano) e o Banco do Japão, além de entidades da Austrália, Canadá e Rússia-- intervieram e liberaram bilhões de dólares em recursos aos bancos. O medo é que com menos crédito disponível, caia o consumo e o diminua o crescimentos das economias.

Como a crise americana provoca aversão ao risco, os investidores em ações preferem sair das Bolsas, sujeita a oscilações sempre, e aplicar em investimentos mais seguros. Além disso, os estrangeiros que aplicam em mercados emergentes, como o Brasil, vendem seus papéis para cobrir perdas lá fora. Com muita gente querendo vender --ou seja, oferta elevada--, os preços dos papéis caem.

Agora, o mais preocupante é que ganhou corpo a análise que a chamada economia real --o setor produtivo e o consumo-- também pode ser afetada.

  

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