DIA A DIA

Bolsa oscila, dólar segue em queda e insegurança domina
17/08/2007 - Folha Online

A Bolsa brasileira atravessa a sexta-feira bastante instável, mas um tom abaixo das turbulências vistas nesta semana. Os investidores, apesar da sensação de que a ¨Bolsa já caiu demais¨, ainda mostram insegurança sobre a extensão dos problemas do mercado de crédito imobiliário americano

O Ibovespa, indicador da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), sofre perdas de 0,29%, aos 47.873 pontos, nesta sexta-feira. O volume financeiro é de R$ 4,86 bilhões, considerado alto.

O dólar comercial é negociado a R$ 2,028 para venda, em baixa de 3,15%. Para profissionais de corretoras de câmbio, a moeda americana somente retomou a tendência predominante de baixa, passado o momento de maior nervosismo das Bolsas. A taxa de risco-país, medida pelo indicador Embi+ (JP Morgan), marca 210 pontos, número 6,66% inferior à pontuação final de ontem.


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As ações mais negociadas da Bovespa mostram bem essa divisão do mercado: por terem muito giro, são uma ¨porta de entrada¨ e ¨porta de saída¨ para investidores interessados em voltar ou se manter fora do mercado acionário. A ação preferencial da Vale do Rio Doce, que representa cerca 10% do volume de negócios de hoje, valoriza 0,47%. Já a ação preferencial da Petrobras, que movimenta outros 10% do giro financeiro, recua 2,23%.

Pela manhã, o Federal Reserve (banco central dos EUA) foi responsável pela primeira notícia positiva em meio a ¨quebradeira¨ de empresas e fundos de investimentos que derrubou as principais Bolsas do planeta. A autoridade monetária cortou os juros de sua taxa de redesconto, utilizada para prestar socorro financeiro ao sistema bancário. A medida se soma às dezenas de bilhões de dólares já oferecidos pelo Fed para auxiliar os bancos em meio a crise financeira, e teve o efeito de tranquilizar, pelo menos por enquanto, os investidores.

Profissionais de corretoras notam, no entanto, que investidores continuam inseguros com a crise financeira e que uma parcela prefere se manter fora da Bolsa na véspera de uma final de semana, como precaução contra ¨novidades¨ no final da semana, isto é, contra anúncios de novas empresas com problemas de caixa por conta dos créditos de segunda linha americanos.

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