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DIA A DIA

Centro-Oeste terá cinco usinas de etanol da Petrobras
29/08/2007 - Agência Estado

A Petrobras dará início ao seu programa de produção de etanol para a exportação com a construção de cinco usinas na região Centro-Oeste. ¨Estamos negociando as cinco unidades iniciais. Serão duas em Goiás e três no Mato Grosso do Sul¨, revelou o gerente de Novos Negócios do Abastecimento Corporativo da estatal, Gilberto Ribeiro de Carvalho, durante o ¨Congresso Brasileiro de Agribusiness¨, promovido pela Associação Brasileira de Agribusiness (Abag).

O executivo reafirmou que o interesse da companhia no setor de etanol é atuar de maneira complementar ao que já existe no mercado. Para o projeto de produção do biocombustível, que envolve a construção de 40 usinas, a estatal já tem como parceira a japonesa Mitsui e a expectativa é que outras empresas do setor sucroalcooleiro integrem os projetos.

¨Pretendemos ter participação minoritária¨, disse Carvalho. Anteriormente, o diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou que as usinas deverão iniciar a produção em 2009. Cada unidade terá capacidade para produzir 200 milhões de litros de etanol por ano e demandará investimentos estimados entre US$ 200 milhões a US$ 250 milhões, que deverão ser financiados pelo banco de fomento japonês JBIC e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).


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A presença de Costa, inclusive, estava prevista na programação do evento. O executivo, cujo nome estaria na lista de uma possível ¨dança das cadeiras¨ no quadro de diretoria da Petrobras, conforme foi noticiou anteontem por uma agência de notícias, não compareceu ao Congresso da Abag. Carvalho, que apresentou a palestra sobre a participação da estatal no setor de biocombustíveis no lugar de Costa, resumiu a ausência do diretor de abastecimento a um problema de agenda.

Estatal estuda implantação de alcoolduto
Enquanto finaliza os estudos para a implantação do alcoolduto Senador Canedo (GO)-São Sebastião (SP), a Petrobras adotou a estratégia de investir na otimização da malha de dutos atual para elevar a capacidade de transporte do etanol e melhorar a qualidade do produto para exportação. ¨Estamos investindo na adaptação do sistema atual¨, afirmou Carvalho.

Segundo ele, a malha atual da Petrobras permite o transporte de apenas 50 milhões de litros por mês de etanol. ¨Pretendemos ampliar esse volume para 250 milhões de litros por mês¨, afirmou. Para tanto, a companhia irá investir para acabar com os gargalos no poliduto São Paulo-Rio de Janeiro (OSRIO), da Refinaria Duque de Caxias (Reduc) e do Terminal Marítimo Ilha D´Água (RJ).

O gerente não soube informar quanto será investimento nesses projetos. Sobre o alcoolduto que interligará Goiás a São Paulo, Carvalho afirmou que a Petrobras está em fase final dos estudos do empreendimento. Segundo o executivo, a instalação terá condições de transportar 12 bilhões de litros por ano em 2020, dos quais 8 bilhões de litros serão escoados ao mercado externo pelo Terminal de São Sebastião e 4 bilhões de litros por Ilha D´Água.

O executivo disse que a Petrobras terá participação minoritária no empreendimento. Participam do projeto a japonesa Mitsui, que atuará na venda do etanol ao mercado externo, principalmente japonês, e a Camargo Corrêa. ¨Esse é um bom momento para abrir conversas com usineiros porque já temos dados mais concretos sobre o empreendimento¨, afirmou Carvalho.

O gerente preferiu não informar a estimativa de investimento, alegando que dentro de dois meses a Petrobras deverá divulgar informações mais detalhadas sobre o alcoolduto. Além de estar aberta a parcerias para viabilizar o investimento, a Petrobras quer vender capacidade do alcoolduto para outras companhias. ¨Pretendemos tornar disponível a capacidade para o mercado. Isso é interessante porque mitiga o risco do investimento¨, explicou o gerente de Novos Negócios do Abastecimento Corporativo da estatal.

Em relação ao alcoolduto que interligará Campo Grande (MS) ao Porto de Paranaguá (PR), Carvalho comentou que os estudos estão em fase preliminar. O executivo disse que o estudo da Copel para construir um duto de transporte de etanol no Paraná não está relacionado ao projeto em análise pela Petrobras.

  

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