Bolívia comunica corte de gás para MT 31/08/2007
- Fabiano Maisonnave e Hudson Corrêa - Folha de S.Paulo
Alegando produção insuficiente, a Bolívia informou ontem ao governo brasileiro e à empresa Pantanal Energia que não terá condições de fornecer regularmente gás à termelétrica Governador Mário Covas, em Cuiabá (MT) pelo menos até o final do ano. Para o governador Blairo Maggi (PR), a eventual paralisação da usina é preocupante para o Brasil.
Nas última semanas, fontes da estatal boliviana YPFB vinham afirmando, sob a condição de anonimato, que a produção atual ficaria insuficiente para atender tanto Cuiabá quanto a Argentina. A Bolívia acusa as empresas produtoras, como a Petrobras, de não investir para aumentar o volume.
O problema ficou evidente ontem, durante reunião em La Paz com representantes da empresa e do Ministério de Minas e Energia, quando a Bolívia apresentou uma tabela com uma previsão irregular de fornecimento até dezembro.
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A tabela estimava desde períodos em que o fluxo do gasoduto seria zero até em que chegaria a 1,1 milhão de metros cúbicos diários, o volume máximo. Na média, porém, o fluxo ficaria inferior ao que a usina necessita para operar.
O cronograma, já bastante desfavorável à empresa, ficou defasado logo depois de ser apresentado porque havia sido calculado com base num fluxo diário de 26 milhões a 28 milhões de metros cúbicos para o contrato com a Petrobras
No fim do dia, porém, a Petrobras informou à Bolívia que necessitará a partir de setembro do fluxo máximo previsto no seu contrato, 30 milhões de metros cúbico/dia.
Sem produção, o governo boliviano terá de sacrificar ainda mais Cuiabá, a sua última prioridade, atrás da Petrobras, do mercado interno e da Argentina, que também pode receber menos gás do que requer.
Mesmo com o fornecimento comprometido, a Pantanal Energia renovou ontem por mais 30 dias o contrato provisório -- o vigente terminaria à meia-noite de hoje.
Maggi
O governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, afirmou ontem à Folha que uma interrupção no funcionamento da termelétrica de Cuiabá, devido à falta de gás, é preocupante para o Brasil.
¨Hoje a termelétrica para Mato Grosso não é fundamental. Não sofremos com o desligamento dela. Agora, para o Brasil como um todo é muito importante. São quase 400 MW. Para o sistema nacional, acho preocupante [a interrupção no funcionamento].¨
Maggi disse que até ontem à noite não havia sido informado sobre a decisão da Bolívia. ¨Lá atrás recebemos um informe do governo boliviano de que ele não queria negociar com a companhia privada, mas sim com o governo de Mato Grosso. Eu me coloquei à disposição, mas depois não fui mais procurado.¨
A termelétrica, controlada pela Pantanal Energia, é responsável por 70% da energia produzida em Mato Grosso.
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Comentários dos Leitores Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.
Comentário de Andre (andrepx@hotmail.com) Em 03/09/2007, 11h41
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Segue abaixo a "reportagem exclusiva do 24horasnews"
31/08/2007 - 09h27
Cuiabá pode ficar sem o gás produzido pela Bolívia
Carlos Eduardo Lemos
Mato Grosso pode ficar sem o gás da Bolívia. Depois de ameaçar não enviar o gás para Cuiabá porque os preços pagos eram baixos, o governo boliviano surge com nova ameaça. Agora alega que a produção é insuficiente. O governo Morales informou ao governo brasileiro e à empresa Pantanal Energia que não terá condições de fornecer regularmente gás à termelétrica Governador Mário Covas, pelo menos até o final do ano.
O governador Blairo Maggi também já foi informado da decisão e disse que a eventual paralisação da usina é preocupante para o Brasil.
Segundo a estatal boliviana tanto Cuiabá quanto a Argentina serão afetadas com o corte do gás. A Bolívia acusa as empresas produtoras, como a Petrobras, de não investir para aumentar o volume.
O governo boliviano apresentou uma taba com estimativa desde períodos em que o fluxo do gasoduto seria zero até em que chegaria a 1,1 milhão de metros cúbicos diários, o volume máximo. Na média, porém, o fluxo ficaria inferior ao que a usina necessita para operar.
Reclamando da Petrobrás e sem produção, o governo boliviano terá de sacrificar ainda mais Cuiabá, a sua última prioridade, atrás da Petrobras, do mercado interno e da Argentina, que também pode receber menos gás do que requer.
Mesmo com o fornecimento comprometido, a Pantanal Energia renovou na quinta-feira por mais 30 dias o contrato provisório com o governo boliviano.
A decisão do governo Morales preocupa o governador Blairo Maggi. Na manhã desta sexta-feira, por telefone, o governador disse ao site 24 Horas News disse que a termelétrica para Mato Grosso não é fundamental, lembrando que Mato Grosso não sofre tanto, mas o Brasil sim. "Não sofremos com o desligamento dela. Agora, para o Brasil como um todo é muito importante. São quase 400 MW. Para o sistema nacional, acho preocupante [a interrupção no funcionamento]."
Perguntado se já havia recebido o comunicado oficial do governo boliviano ou mesmo da Petrobrás, Blairo Maggi disse que não.
A termelétrica, controlada pela Pantanal Energia, é responsável por 70% da energia produzida em Mato Grosso.
Comentário de Andre (andrepx@hotmail.com) Em 31/08/2007, 17h01
Estranho?
Esta noticia consta que foi publicada na FOLHA de SAO PAULO. Lendo a mesma noticia no site 24 HORASNEWS a mesma é assinada por Carlos Eduardo Lemos. Veja a sequencia da noticia e veja se nao é uma copia deslavada do texto, inclusive com frases iguais e pontuacao...O legal é que nesta reportagem é citado que o governo Blario deu uma afirmacao á FOLHA e na reportagem do 24 NEWS, cita que o Blairo falou com exclusividade ao site...Estranho é que o texto é o mesmo (vide a parte [a interrupcao no funcionamento])....ESTRANHO isso né? hehehehe. RESUMINDO...COPIA DESLAVADA DA NOTICIA DA FOLHA, DIZENDO QUE É EXCLUSIVIDADE DO SITE 24HORASNEWS...