Exportação de madeira avança, mas custo também sobe 21/10/2015
- Maria Cristina Frias* - Folha de S.Paulo
A crise do mercado doméstico e a alta do dólar já favorecem as exportações brasileiras de madeira processada neste ano.
Entre janeiro e setembro, os embarques avançaram 22% na comparação com o mesmo período de 2014.
Esse foi o maior incremento registrado desde, pelo menos, 2008, segundo dados da Abimci (associação da área).
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Com essa elevação, a participação das vendas para outros países deverá ganhar espaço na produção total.
No segmento de compensados, por exemplo, cerca de 55% da madeira processada internamente foi enviada para fora em 2014. Neste ano, deverão ser 60%.
No de madeira serrada, o aumento projetado é dos 12% para os 15%.
As exportações desse produto tiveram um incremento de 31,5% até setembro.
"Esse setor tem um potencial de crescimento muito grande", diz Paulo Pupo, superintendente da entidade.
Apesar do desempenho positivo do comércio internacional, o executivo não projeta uma elevação do faturamento do setor neste ano.
"Estamos tendo uma transferência do que era ofertado no mercado interno para fora."
Dentro do país, a demanda caiu 20% até setembro.
"O resultado é proporcional à paralisia da economia nacional. Houve uma retração na construção civil e no setor metalmecânico. Isso impacta na indústria madeireira."
O aumento dos custos internos -- como energia e salários -- e a baixa no preço da madeira -- decorrente de uma oferta maior do que a demanda na China -- também afetarão de forma negativa o setor.
"Não projetamos um crescimento real. Houve uma redução na competitividade e nos investimentos por causa da alta dos juros."
Cinema ganha público
Entre janeiro e setembro, as salas de cinema do país venderam 132 milhões de ingressos, um aumento de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita dos exibidores alcançou R$ 1,77 bilhão, 20% a mais do que em 2015.
Os dados são da Ancine, a agência do setor.
O primeiro semestre foi especialmente bom, afirma André Sturm, sócio do Caixa Belas Artes. Isso porque alguns títulos, como "Vingadores: a Era de Ultron" e "Velozes e Furiosos 7" tiveram um desempenho excepcional.
Aliado à programação, as salas se beneficiaram do aumento de preços em outras opções de lazer.
"Na competição com shows, futebol e peças de teatro, cinema fica mais barato."
A abertura de novas salas no passado recente cooperou para a alta do resultado -- foram cerca de 2.000 novos espaços nos últimos 15 anos, segundo Paulo Sérgio Almeida, da consultoria Filme B.
Um outro título deve ajudar os exibidores: em dezembro, entra em cartaz um novo capítulo de "Guerra nas Estrelas".
"Só não vai ser o filme do ano porque estreia no meio do mês", diz Almeida.
Mudança em meios de pagamento
As economias em desenvolvimento vão puxar as taxas de crescimento da indústria de meios de pagamentos na próxima década, segundo pesquisa do BCG ("Boston Consulting Group").
Em 2014, o setor faturou US$ 1.090 trilhão -- 54% nas nações desenvolvidas e 46% nas em desenvolvimento.
Em 10 anos, porém, a relação vai se inverter e os países da América Latina, do Leste Europeu, da Ásia e da África vão responder por 57% de um volume que chegará a US$ 1.990 trilhão em 2024.
"O motor da evolução será o crescimento bancário nos países emergentes, onde a população trocar o dinheiro pelo cartão como principal forma de pagamento", diz o consultor João Moreira.
Privacidade e segurança são as maiores preocupações dos usuários desses serviços.
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*COM LUCIANA DYNIEWICZ, FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e CLÁUDIO GOLDBERG RABIN