CBF padroniza gramados das Séries A e B 13/01/2016
- Martín Fernandez - Bastidores FC - GloboEsportes
Todos os jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro a partir deste ano serão disputados em gramados com 105m de comprimento e 68m de largura - nem um metro a mais ou a menos.
A CBF investiu R$ 2,2 milhões e bancou um programa de padronização dos campos de 43 estádios do Brasil. O dinheiro sai do fundo de legado deixado pela Fifa nos países que organizam a Copa do Mundo.
De agosto a novembro, a CBF enviou equipes formadas por topógrafos e agrônomos para analisar as dimensões e o estado de cada gramado. Antes disso, promoveu treinamento sobre os responsáveis pela manutenção dos gramados. Com base nesse diagnóstico, a confederação está bancando as reformas necessárias.
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Nesta primeira fase, serão padronizadas as medidas dos gramados (tamanho do campo e demarcação das áreas, círculo central) e equipamentos como traves, bandeirinhas de escanteio e bancos de reserva.
Para os estádios que estavam em situação mais precária, a confederação doou máquinas para cortar grama e demarcar as linhas. As equipes enviadas aos estádios também examinaram a qualidade dos gramados - mas este problema deve receber mais atenção (e recursos) no ano que vem, numa próxima fase do projeto.
A ideia ganhou força graças a uma reclamação de Levir Culpi, então treinador do Atlético-MG, durante um encontro de treinadores na sede da Confederação. O técnico queixou-se de ter que treinar e jogar em campos com tamanhos tão diferentes.
A CBF então tirou o plano do papel e atacou o problema em três frentes: primeiro promoveu um treinamento com os responsáveis pela manutenção dos gramados, depois fez o diagnóstico e agora banca as adequações.
O projeto também prevê a implantação de 20 "marcos de medidas" - estacas de 15 centímetros que são enterradas nos gramados para garantir que as marcações sejam respeitadas em futuras reformas. Quase todos os estádios das Séries A e B foram utilizados para treinamentos durante a Copa do Mundo de 2014, motivo pelo qual não serão necessárias readequações tão grandes.
O padrão adotado pela CBF é o mesmo de jogos da Copa do Mundo - 105 por 68, embora a Fifa deixe que as medidas sejam bem flexíveis. A regra permite gramados que tenham entre 90 e 120 metros de comprimento e 45 a 90 metros de largura - desde que retangulares, claro. Para jogos internacionais, a recomendação é mais específica: entre 100 e 110 metros de comprimento e de 64 a 75 metros de largura.
Entre os 43 gramados analisados no Brasil, apenas um precisou aumentar - o Dilzon Melo, em Varginha, casa do Boa Esporte. Outros 14 vão encolher. O Serra Dourada, a Ilha do Retiro e o Castelão de São Luís do Maranhão (não confundir com o Castelão de Fortaleza) são os casos mais marcantes - eles tinham 110 por 75 metros e vão perder cinco metros de comprimento por sete de largura.
CURIOSIDADES SOBRE OS ESTÁDIOS
- O mais curto (100 metros)
Dilzon Melo - Varginha
- Os mais compridos (110 metros)
Moacyrzão (Macaé)
Nabi Abid Chedid (Bragança Paulista)
Durval Brito (Curitiba)
Serra Dourada (Goiânia)
Passo das Emas (Lucas do Rio Verde)
Ilha do Retiro (Recife)
Castelão-MA (São Luís)
- Os mais largos (75 metros)
Serra Dourada
Ilha do Retiro
Castelão-MA
- Pênalti mais longe do gol (11,45m)
Moacyrzão (Macaé)
- Pênalti mais perto do gol (10,67m)
Mangueirão (Belém)
- Maior diferença entre marcas do pênalti (10,85m / 11,41m)