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DIA A DIA

FMI adverte para risco de uma ¨queda brutal¨ do dólar
22/10/2007 - France Presse

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo Rato, afirmou nesta segunda-feira que existe um risco de ¨queda brutal¨ do dólar, ligado a uma perda de confiança nos ativos atrelados à moeda americana.

¨Até agora, as flutuações das taxas de câmbio se mantêm ordenadas e conformes aos parâmetros básicos¨, declarou ao conselho dos governadores do FMI.

¨O risco de uma queda brutal do dólar existe, seja como conseqüência ou a causa de uma perda de confiança nos ativos atrelados à moeda americana¨, disse Rodrigo Rato.


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O euro bateu novo recorde em relação ao dólar nesta segunda-feira, diante da passividade do G7 (Grupos dos sete países mais industrializados) sobre a questão das divisas e a persistente fragilidade da economia americana, o que vem incentivando os operadores a se desfazer da moeda americana.

Na abertura dos mercados de câmbio asiáticos nesta segunda-feira, a moeda única européia melhorou sua marca de sexta-feira, chegando a US$ 1,4347.

O FMI havia estimado semana passada que a moeda americana estava acima de seu valor real de acordo com os fundamentos da economia dos Estados Unidos. Já o euro, segundo o Fundo, estaria perto de seu patamar adequado.

Rodrigo Rato afirmou ainda que a Europa pode registrar forte valorização de sua moeda.

¨Pode ser também que as expectativas de crescimento dos países que optaram por uma taxa de câmbio flexível e, inclusive na zona euro, variem de acordo com a apreciação de sua moeda¨, acrescentou.

Segundo ele, ¨nessas condições, as pressões protecionistas estão se intensificando¨.

Rato enumerou os riscos que pesam sobre o crescimento mundial, ¨que deve continuar, mas a um ritmo mais lento do que nos últimos dois anos¨.

¨Não conhecemos ainda o verdadeiro impacto da flexibilização do mercado imobiliário nos Estados Unidos e dos problemas ligados aos créditos hipotecários de alto risco [subprime]¨, afirmou.

Existe também o risco de os bancos centrais enfraquecerem a luta contra a inflação, favorecida em alguns países pelo encarecimento do petróleo e dos produtos alimentares, segundo Rodrigo Rato.

¨Os dirigentes políticos devem respeitar a independência dos bancos centrais e apoiá-los em sua vigilância da inflação¨, acrescentou.

  

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