Semana de Libertadores 28/02/2016
- Juca Kfouri - Folha de S.Paulo
A segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América marca três jogos para times brasileiros nesta semana, dois na quarta-feira, um na quinta.
Corinthians e Grêmio são os primeiros a entrar em campo em seus estádios e o Palmeiras jogará no dia seguinte.
Independiente Santa Fe, na Arena Corinthians, Liga Deportiva Universitaria, na Arena Grêmio, e Rosario Central, na Arena Palmeiras, serão os rivais, nenhum deles com camisa suficiente para assustar os nacionais, embora camisa não jogue, como veremos a seguir.
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O time colombiano que vem a São Paulo, último campeão da Copa Sul-Americana, apenas empatou em Bogotá em seu jogo de estreia, com o paraguaio Cerro Porteño, sem gols, em noite portentosa do goleiro guarani, ao passo que o Corinthians estreou com vitória fora de casa.
Além do mais, o Santa Fe não vai bem no Campeonato Colombiano, em modesto 12º lugar. Então, está no papo?
É claro que não!
"Não tem moleza na Libertadores", repetem os sábios, embora devesse ser uma tolice.
Que não é vimos, novamente, na semana passada, quando o Galo pareceu que golearia o equatoriano Independiente Del Valle, no Horto, e quase foi surpreendido com um empate, incapaz de transformar os 30 minutos iniciais de franca superioridade em mais gols – e capaz de levar um sufoco no fim do jogo.
Se o Independiente do Equador foi dureza, o mesmo pode-se esperar do da Colômbia.
Vida ainda mais dura deverá ter o Grêmio, que estreou perdendo feio para o Toluca, no México, e receberá os equatorianos da LDU, campeões da Libertadores em 2008, ao derrotar o Fluminense nas finais, da Copa Sul-Americana de 2009 e da Recopa Sul-Americana em 2009 e 2010, além de ter estreado bem ao derrotar o argentino San Lorenzo.
Isto é, se não tem a mesma camisa do tricolor gaúcho, tem passado e exige respeito.
Como exigiria se não tivesse, como um dia o Tolima começou a escrever o seu ao eliminar o Todo Poderoso Timão e o Strongest fez o que o que fez com o Soberano São Paulo sem escalar a altitude.
Finalmente, o Palmeiras.
Vêm aí os argentinos do Rosario Central. Dispensam apresentação, basta dizer de onde vêm.
O Palmeiras não fez os esperados três pontos contra o genérico River Plate uruguaio e não pode bobear.
Lá se vão longe os tempos em que nossos times tornavam fáceis até o que se afigurava, com motivos, muito difícil, como em 1994, quando o Palmeiras recebeu o Boca Juniors.
Então, com um time que tinha Antônio Carlos, Cléber, Roberto Carlos, César Sampaio, Amaral, Mazinho, Zinho, Edílson e Evair, o Alviverde goleou os xeneizes, dirigidos pelo lendário César Luis Menotti, por inesquecíveis 6 a 1.
Os três brasileiros têm de vencer, mas podem perfeitamente apenas empatar e não será nenhuma zebra se um deles perder, até mesmo dois.
Sim, se forem os três, melhor será fechar o botequim.
A rodada será completada só no dia 10 de março, quando o São Paulo irá ao Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, enfrentar o atual campeão do torneio continental, o verdadeiro River Plate.
Mas essa é uma outra história, de cachorros grandes, que fica para semana que vem.