Fagner errou seu 12º passe no clássico aos 18 minutos do segundo tempo. Dudu roubou a bola e finalizou. Só não saiu o segundo gol do Palmeiras porque Walter espalmou. No clássico de abril, no Pacaembu, Cuca definiu o jogo ao marcar o lateral do Corinthians. Ontem, ele resolveu atacá-lo.
Dudu jogou aberto pela esquerda agredindo o lateral. Funcionou mais no segundo tempo. Foi Dudu quem começou a jogada do gol de Cleiton Xavier, clareza para abrir espaço na ponta esquerda e colocar Moisés para criar daquele lado.
Do chute cruzado, saiu a cabeçada de Cleiton e o gol da vitória.
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Para Cuca, é um time por jogo. Ele sempre muda o sistema tático e o posicionamento dos jogadores. Pouca gente percebe.
Incrível como todas as vezes a escalação na transmissão da televisão mostra Tchê Tchê como lateral direito. Ele nunca joga ali. Contra o Flamengo, foi ponta esquerda, para marcar Rodinei. Contra o Corinthians, foi meia direita no 4-3-3 do primeiro tempo.
Na segunda etapa, virou ponta direita no 4-4-2, duas linhas de quatro, marcando as subidas do lateral Uendel.
E marcou muito porque atrair o Corinthians tornou-se o mantra de Cuca depois de fazer 1 a 0, gol de Cleiton Xavier.
Foi só depois do gol que o Corinthians começou a sair para o jogo. Foi perigoso, chutou bola na trave com Guilherme, mas deixou espaço para o Palmeiras jogar. Houve chance do 2 x 0 com Dudu e depois com Tchê Tchê, o curinga.
Cuca adorou o lateral-meia-atacante do Audax assim que o viu. Pensou nele como um dublê de Joílson, camisa 2 do Botafogo de 2007, de Cuca. Joílson era meia, atacante, tudo... Menos lateral direito.
Tchê Tchê é a mesma coisa. Joga em todas as funções e sempre bem.
Outro personagem do clássico foi Dudu. É incrível como desperdiça jogadas e decide jogos na mesma proporção. De seus 25 passes, errou 20%. Mas é o líder do assistências do Brasileirão e sempre responsável pelas jogadas finais.
Deu dois passes para gols contra o Grêmio, começou o lance do gol de Cleiton Xavier, com absoluta percepção do que fazer no contra-ataque depois do tiro de meta cobrado por Walter.
Ganhar a segunda bola – gíria dos boleiros para o lançamento longo pelo alto – é essência do jogo de Cuca.
O técnico do Palmeiras monta seu time pouco a pouco, namorando o título brasileiro.
Ganhar do Corinthians no 12 de junho, data histórica para os palmeirenses por causa do fim da fila do Campeonato Paulista, em 1993, é um sinal de que pode chegar o dia do fim do jejum de títulos brasileiros, desde 1994.
O Palmeiras é agora o vice-líder do Brasileirão, e seu time dá sinais diários de evolução. Não está pronto. Está crescendo.
O Corinthians também. Tite receberá críticas nesta semana, como recebeu depois de perder para o Vitória, antes de iniciar a caminhada para a liderança. Mas seu time segue neste ano jogando bem, mas sem vencer quando é mais exigido.
Desta vez, o Corinthians não foi bem, e a razão não foi a marcação sobre Fágner. Ao contrário, o lateral foi atacado.
Só que o Brasileirão não se vence nos clássicos. Conquista-se no dia após dia, rodada após rodada, administrando derrotas também. O Corinthians está na briga.
ALEMANHA
A estreia não foi como se esperava e, no intervalo do jogo, Ballack disse: "Eu estou impressionado com a Ucrânia." É mais um sinal de que as seleções têm equilíbrio incrível. A Alemanha fez 7 a 1 no Brasil e é campeã do mundo. Mas não é o modelo.
IRREGULAR
O Brasileirão é duro, e Edgardo Bauza está sentindo isso. A segunda derrota em casa, pagando o preço da perda de jogadores fundamentais. O time segue na parte de cima da tabela, mas hoje é mais para copas do que para pontos corridos.