DIA A DIA

Terremoto no Chile balança La Paz e Avenida Paulista
14/11/2007 - Folha Online

Um terremoto de 7,7 graus atingiu o norte do Chile nesta quarta-feira, informou o Serviço as Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês). Não há informações sobre vítimas.

O tremor, localizado a 60 km de profundidade, se centrou 106 km a oeste da cidade de Calama. Inicialmente, o USGS informou que a magnitude era de 7,8 graus na escala Richter.

Após o terremoto, ocorrido às 12h45 (13h45 de Brasília), o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, com sede no Havaí, divulgou um alerta de tsunami para o Chile e o Peru.


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Em 13 de junho de 2005, um tremor de 7,8 graus atingiu Iquique, no norte do Chile, matando 11 pessoas e deixando milhares de desabrigados.

Um comunicado da Rádio Cooperativa de Santiago informou que o prédio do aeroporto da cidade de Antofagasta, 1.200 km ao norte de Santiago, sofreu danos.

Tripulantes, funcionários e passageiros foram retirados do local por precaução.

Em cidades como Calama e Arica -- esta segunda na fronteira com o Peru-- o tremor causou o corte da energia elétrica e causou pânico entre a população.

¨Foi horrivelmente forte. Foi muito longo e barulhento¨, disse Andrea Riveros, porta-voz do Park Hotel de Calama. Segundo ela, o hotel ficou sem eletricidade após o terremoto.

As linhas telefônicas da região também foram cortadas devido ao terremoto.

O tremor também foi sentido em La Paz, capital da Bolívia, cerca de 620 km ao nordeste do epicentro. Alguns edifícios foram esvaziados, mas não foram registrados danos.

O geólogo Pedro Carlos Pocciotti, 62, foi uma das pessoas que comunicou ao IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP sobre os tremores de terra sentidos por volta das 13h45 desta quarta-feira na região da avenida Paulista (centro de São Paulo).

Pocciotti, que é funcionário da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia, trabalhava no 13º andar do prédio -- o penúltimo -- quando percebeu o abalo sísmico. ¨Houve uma sensação estranha. Senti a cabeça balançando e vi as janelas se movimentando. Vi que outras pessoas estavam assustadas também e desconfiei de uma acomodação de terra.¨

Para o geólogo, o tremor durou de cinco a dez segundos. Ele afirma que desceu com os colegas pela escada e que, no saguão do prédio, encontrou pessoas que estavam em edifícios vizinhos comentando o abalo. ¨Só quem estava acima do décimo andar percebeu. O pessoal ficou um pouco assustado, mas a saída foi calma.¨

¨A gente se sente bastante impotente diante do evento, sem saber se vai aumentar ou diminuir, sem saber o que fazer.¨

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