CARTÃO CONSTRUCARD DA CAIXA IRÁ DISPONIBILIZAR R$ 7 BI 25/11/2016
- Agência Brasil + Reuters
Em evento no Palácio do Planalto, ontem, a Caixa Econômica Federal anunciou o cartão Construcard como incentivo ao setor de material de construção.
A linha de crédito conta com R$ 7 bilhões de orçamento e espera beneficiar mais de 2 milhões de pessoas.
O Construcard é uma linha de financiamento da Caixa destinada a pessoas físicas para construção, reforma ou ampliação de imóveis residenciais.
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A nova versão do Construcard apresenta novidades, como a possibilidade de aquisição dos mais modernos aparelhos de eficiência hídrica e energética, tais como equipamentos para sistemas de reutilização de água, fossas ecológicas, aquecedores solares, aerogeradores, equipamentos de energia fotovoltaica e de segurança residencial.
A Caixa também assinou convênio com a Associação Nacional de Lojistas de Material de Construção (Anamaco) para desenvolver ações voltadas à retomada do crescimento do setor mediante parceria entre a Caixa e as empresas associadas à Anamaco.
Serão disponibilizados produtos e serviços em condições especiais para lojas de materiais de construção e o banco vai incentivar as vendas por meio do cartão.
O cliente conta com prazo de dois a seis meses para comprar tudo o que precisar e, durante este período, paga somente os juros dos valores que utiliza, podendo pagar o financiamento em um prazo de até 240 meses.
O valor médio dos financiamentos é de R$ 14 mil e o limite varia de acordo com a capacidade de pagamento do cliente, não havendo valor máximo.
Governo eleva limite para financiamento
O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou ontem, pela primeira vez em três anos, os limites para avaliação de imóveis que podem ser adquiridos no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
O limite passou de 750 mil para 950 mil reais nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal, e de 650 mil para 800 mil reais nos demais Estados.
A última alteração nesses critérios havia sido feita em setembro de 2013.
Dentro do SFH, os imóveis podem ser comprados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A taxa de juros vigente no SFH é de no máximo 12 por cento ao ano.
Numa outra mudança, o CMN estabeleceu que cada parcela do empréstimo necessariamente deve incorporar, a cada mês, a parcela relativa aos juros e a parcela referente à Taxa Referencial (TR).
Com isso, os contratos não permitirão qualquer espécie de aumento do saldo devedor ao longo do período de financiamento.
Em coletiva de imprensa, a chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Silvia Marques, afirmou que os ajustes são operacionais e prudenciais e não têm objetivo de fomento.
Ela ressaltou ainda que eles não foram feitos a pedido do mercado para estimular o setor, especialmente porque o cenário atual não é de elevação nos preços dos ativos.
“O que a gente está observando não é aumento do valor do imóvel, é queda”, disse.