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DIA A DIA

Internacional empata com o Fluminense e cai para a Série B
12/12/2016 - O GLOBO

O empate com o Fluminense, por 1 a 1, ontem, em Edson Passos, apenas confirmou o rebaixamento do Inter, que cavou seu lugar na segunda divisão ao longo das 38 rodadas do Brasileiro, das quais 12 passou na zona do rebaixamento, chegou a ficar 14 sem vencer.

Ainda que houvesse remota chance de sobreviver na elite, o time gaúcho sequer teve forças para fazer a sua parte.

No fim, restaram os tristes semblantes de torcedores e jogadores, como o meia Alex, símbolo de uma geração vitoriosa na última década.


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O jogo em Edson Passos só tinha um interessado: o Inter.

O time gaúcho provou isso assim que a bola rolou. A estratégia era óbvia. Sufocar o Fluminense e abrir o placar o quanto antes.

Um chute rasteiro de Valdívia foi a primeira amostra.

Enquanto isso, as partidas de Vitória x Palmeiras, no Barradão, e Sport x Figueirense, na Ilha do Retiro, cujos mandantes brigavam contra o rebaixamento, nem começara.

O ímpeto colorado, no entanto, não durou muito.

O Inter voltou a ser o time que pouco assustou o adversário ao longo do campeonato.

O tricolor, que cumpria tabela, aproveitou.

Scarpa, Richarlison e Wellington começaram a movimentar o ataque do Flu.

O meia tricolor obrigou o goleiro Danilo Fernandes a colocar a bola a escanteio em chute aos 13.

Outra má notícia veio logo após: o Vitória abriu o placar diante do campeão Palmeiras.

Porém, no Recife, o empate do Sport ainda era suficiente aos gaúchos.

Mas eles precisavam fazer o gol.

Porém, em Mesquita, era o Fluminense que dominava o jogo. Fosse com falta perto da área, contra-ataque rápido ou chances perdidas, como a de Wellington, aos 35, que chutou por cima do travessão.

O drama do Inter aumentou no fim do primeiro tempo, quando os resultados dos outros dois envolvidos na briga contra a queda eram favoráveis a ele — o Palmeiras já havia empatado a partida.

Após Edson encaixar contra-ataque, Henrique Dourado foi até a linha de fundo e cruzou para Richarlison, que foi empurrado por Alex.

Aos 43, Danilo Fernandes pegou pênalti do atacante tricolor.

Naquele momento, a torcida voltava a acreditar.

— Não podemos jogar só por uma bola. Temos que ser mais agressivos, temos que atacar o Fluminense — analisou o goleiro Danilo Fernandes, que dedicou o lance a Danilo, da Chapecoense, morto no acidente aéreo.

O pedido do goleiro gaúcho de nada adiantou.

Apático, o Internacional viu o Fluminense desperdiçar mais uma chance de gol clara.

Scarpa deixou Wellington livre na pequena área, mas o atacante errou na tentativa de encobrir o goleiro.

O banho de água fria veio aos nove minutos em Edson Passos, início do segundo tempo no Recife. O Sport abriu o placar em casa.

Automaticamente, a torcida do Flu — e do Grêmio, recém-campeão da Copa do Brasil, com alguns integrantes nas arquibancadas — comemoraram com os gritos de “Ão, ão, ão, segunda divisão”.

O abatimento foi geral. Na arquibancada e no campo.

Naquele momento, nem mesmo a vitória poderia salvar o colorado do rebaixamento. E o Inter pouco fez para chegar a ela.

Dois chutes fracos defendidos por Marcos Felipe, que entrara no lugar de Júlio César, machucado.

O técnico Lisca, contratado a três jogos do fim do campeonato, colocou o time para frente. Porém, não houve resultado. Pelo contrário, o Fluminense, sem compromisso, jogava mais solto.

Aos 27 minutos, Wellington tocou para Douglas, que saiu da marcação e arriscou o chute. A bola desviou e Danilo Fernandes apenas a viu tocar na rede.

Já no apagar das luzes, aos 41, Gustavo Ferrareis roubou a bola de Wellington e chutou no canto.

O empate, no entanto, determinou a queda do colorado, que 10 anos depois de atingir o ápice ao conquistar o Mundial de Clubes, em 2006, vive o pior momento da história.


  

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