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DIA A DIA
GDM mira Centro-Oeste para crescer em sementes
12/02/2018
- Coluna do Broadcast Agro - O Estado de S.Paulo

A argentina GDM Seeds aposta no Cerrado brasileiro para aumentar sua receita global com soja enquanto multinacionais formam conglomerados.
Segunda maior empresa de sementes da oleaginosa no Brasil, com 30% de participação, atrás da Monsanto, a companhia tem maior presença na Região Sul, por onde ingressou no mercado nacional em 2007.
A GDM planeja lançar este ano de oito a dez variedades, mais da metade para atender o Centro-Oeste.
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O investimento deve superar em 35% o de 2017, com foco na ampliação do laboratório de pesquisa em Londrina (PR) e de áreas de teste de sementes, diz Ricardo Franconere, gerente de Marketing.
A intenção é conquistar 33% das vendas de semente de soja no Brasil em 2018 e 40% em até três safras.
O faturamento pode subir 15%, para US$ 200 milhões.
TITÃS
A GDM tem à frente um mercado em transformação. A compra da Monsanto pela Bayer foi aprovada na última semana no Brasil, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Em terceiro lugar vem a Nidera, cuja compra pela suíça Syngenta foi concluída na semana passada.
A brasileira TMG, na quarta posição, tem sido assediada pelas empresas, mas por enquanto segue atuando sozinha.
A Basf não ficou parada: levou parte do negócio de sementes e de defensivos da Bayer, que precisava se desfazer desses ativos para receber aval à aquisição da Monsanto.
EFEITO...
Deve sair do forno em março estudo da consultoria INTL FCStone que mostra, no Pará, o avanço do plantio de grãos em pastagens degradadas.
O movimento tem sido estimulado pela construção de portos no Norte, conta o diretor de Inteligência de Commodities da consultoria, Renato Rasmussen.
A proximidade com os terminais de exportação de grãos e o frete mais barato, comparado ao de outras regiões, tornam o Pará atrativo para o setor.
...COLATERAL
Outra consequência do surgimento do polo logístico no Norte é a valorização das terras paraenses. A maior procura por áreas no Estado levará à alta de preços nos próximos anos, diz a INTL FCStone.
RARO AQUI...
A abundante oferta de laranja na safra 2017/2018 fará com que indústrias de suco estendam os trabalhos de processamento da fruta até fevereiro.
Fato incomum, pois as companhias normalmente paralisam a moagem entre o fim de dezembro e o início de janeiro.
Na quinta-feira (15) será divulgada a quarta estimativa de safra da fruta para o período.
A anterior apontou oferta de 385,2 milhões de caixas (de 40,8 kg cada) de laranja, alta de 57% sobre 2016/2017 e a maior quantidade desde 2012/2013, com 387 milhões de caixas.
...RARO LÁ
Segunda maior região produtora de laranja para suco do mundo, a Flórida amarga a pior safra em mais de 70 anos, com apenas 46 milhões de caixas.
No entanto, o sentimento do mercado é de que o estresse causado nas plantas pela passagem do furacão Irma e a baixa produção da atual safra podem estimular a florada e incentivar o aumento da colheita no próximo período.
QUEDA DE BRAÇO
A ONG Fórum Nacional de Proteção Animal prepara recurso para tentar restabelecer a liminar da 25.ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo que proibiu as exportações brasileiras de gado vivo.
Segundo o advogado Ricardo de Lima Cattani, o documento deve ser protocolado na Justiça até a Quarta-Feira de Cinzas para ser apreciado pelo órgão especial do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região.
Na semana passada, a ação retardou o embarque de 25 mil bovinos em Santos (SP).
SÓ ELOGIOS
Longe das polêmicas sobre o tema, o Líbano pretende aumentar suas importações de gado vivo em 2018.
No ano passado, o Brasil foi responsável por 25% do total adquirido pelo país do Oriente Médio.
De quebra, Elias Ibrahim, diretor de Recursos Animais do Ministério da Agricultura de lá, elogia a carne bovina produzida aqui: “Temos plena confiança no produto”.
O Líbano comprou em 2017 12 mil toneladas de carne bovina in natura do Brasil.
NAS ARÁBIAS
Exportadoras de São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Goiás participam da Gulfood, a partir do dia 18, em Dubai.
Entre as empresas estão Aurora, Copacol, C.Vale e GT Foods.
Na edição anterior, a comitiva saiu de lá com US$ 10,5 milhões em negócios.


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