IPCA-15 desacelera e confiança do consumidor sobe 23/03/2018
- O Estado de S.Paulo
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) desacelerou para 0,10% em março, após ter avançado 0,38% em fevereiro, informou na manhã desta sexta-feira, 23, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta entre 0,05% e 0,28%, com mediana positiva de 0,10%.
Com o resultado agora anunciado pelo IBGE, o IPCA-15 acumulou um aumento de 0,87% no ano.
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Nos 12 meses encerrados em março, o indicador ficou em 2,80%.
As projeções iam de avanço de 2,71% a 2,99%, com mediana positiva de 2,81%.
No mês de março do ano passado, o IPCA-15 havia sido de 0,15%.
CONFIANÇA
A confiança do consumidor avançou 4,6 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 23, a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) passou de 87,4 pontos em fevereiro para 92,0 pontos em março.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o índice está 8,1 pontos superior.
“A recuperação gradual da situação atual contribui para que os consumidores se sintam mais confiantes para novas compras. A sustentação dessa melhora na intenção de compras dependerá, contudo, da não ocorrência de choques negativos no âmbito político ou econômico nos próximos meses”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Em março, melhoraram tanto as avaliações sobre a situação atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 3,4 pontos, para 78,6 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE) subiu à zona de otimismo ao crescer 5,0 pontos, de 96,5 pontos em fevereiro para 101,5 pontos em março, o maior nível desde dezembro de 2013.
O componente que mede o grau de satisfação com a economia no momento presente avançou 1,7 ponto, para 84,4 pontos em março.
O item que avalia as perspectivas para a situação econômica nos seis meses seguintes registrou elevação de 3,9 pontos, para 118 pontos, o patamar mais elevado da série histórica.
Quanto às finanças familiares, o item que mede a satisfação dos consumidores com a situação financeira no momento cresceu 5,0 pontos, para 73,2 pontos.
O componente que avalia o ímpeto para compras nos seis meses seguintes subiu 10,6 pontos, para 90 pontos, maior nível desde outubro de 2014 e principal impacto sobre o avanço da confiança em março.
Entre as quatro faixas de renda pesquisadas, o aumento mais relevante da confiança ocorreu entre as famílias que recebem até R$ 2.100 mensais, uma alta de 7,4 pontos.
A Sondagem do Consumidor da FGV coletou informações de 1.629 domicílios em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1º e 20 de março.